O “Plastic Free July” começou em 2011, na Austrália, como uma campanha para incentivar a redução dos resíduos de plástico no mundo. Mais de uma década depois do início do movimento, ainda precisamos falar sobre os perigos da produção e oferta ilimitadas do plástico e da necessidade de revermos nossos hábitos de consumo. Vem entender mais sobre o Julho Sem Plástico com a Braziliando e ver como seguir esse movimento até nas suas viagens.
Julho Sem Plástico
O plástico pode levar mais de 400 anos para se decompor. Isso significa que o primeiro plástico já produzido ainda está longe de desaparecer. Então, como resolver esse problema?
- Pra quem acredita que a solução é a reciclagem aqui vão alguns pontos importantes para se considerar: Boa parte dos plásticos não são recicláveis.
- O ritmo de reciclagem não acompanha o ritmo de produção (91% de tudo que já foi produzido no mundo, não foi reciclado).
- Esse desequilíbrio acaba lotando lixões e aterros, que muitas vezes são irregulares, e contaminam rios, lençóis freáticos e a saúde de milhares de pessoas.
- Plásticos reciclados contêm níveis mais altos de produtos químicos, entre eles cancerígenos e poluentes.
- E não tem pra onde correr: a queima do lixo plástico libera gases tóxicos, polui o ar, aumenta o risco de doenças cardíacas e agrava doenças respiratórias.
O que o Julho Sem Plástico propõe é retirarmos o plástico da nossa rotina para conseguirmos reduzir a produção desse tipo de lixo. De que forma? Vem ver com a gente!
Nossa casa (e nosso planeta) sem plástico
Você sabia que em um ano você pode ser responsável por jogar de 16kg a 64kg de plástico nos oceanos? Nosso país é o quarto maior produtor de lixo plástico no mundo e um dos que menos recicla. O resultado desse desequilíbrio é a poluição e degradação do meio ambiente.
A poluição das águas pelo lixo plástico já é algo conhecido. Tartarugas, baleias e aves marinhas são apenas algumas das mais de 1,5 mil espécies de animais vítimas da ingestão de plástico. Apesar de não ingerirmos plásticos acidentalmente como esses animais, nós, seres humanos, também somos afetados por essa poluição. No ar que respiramos, nos alimentos que consumimos e até mesmo na chuva, estamos sendo intoxicados pouco a pouco.
Então, como podemos mudar esse cenário? Aqui vão algumas dicas:
- Reflita sobre o plástico que você utiliza em cada cômodo da sua casa e em cada atividade da sua rotina. Como podemos substituí-los?
- Prefira embalagens de papel, vidro ou embalagens sustentáveis, como as feitas com plantas.
- Compre alimentos a granel, levando da sua casa potes reutilizáveis ou saquinhos de tecido.
- Evite comprar frutas e alimentos embalados em plástico
- Se prepare antes de sair de casa: deixe na bolsa/mochila sua ecobag, canudo e talheres de metal, guardanapo de pano, copo reutilizável ou garrafinha.
- Procurando um snack? Que tal uma fruta?! Não existe embalagem mais sustentável que suas cascas.
- Prefira produtos em barra, como sabão, sabonetes, shampoo, creme, etc. Você sabia que pode fazer seus próprios produtos de higiene e limpeza em casa? Confira essa dica de sabão líquido natural.
- Escolha escovas de dentes biodegradáveis, como as com cabo de bambu.
Recicle seus pensamentos e descarte o que é insustentável
Você já deve ter ouvido falar sobre a tríade Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Os “três R’s da sustentabilidade” surgiram como uma forma de diminuir o impacto do lixo na natureza e, com o passar dos anos, foram sendo atualizados e complementados. Hoje, falamos pelo menos em cinco e, em algumas listas, já passam dos vinte. Sobre esses novos R’s, vamos falar sobre dois muito importantes: repensar e recusar.
Repensar dentro da sustentabilidade é um convite a novas práticas. De um lado, pelas pessoas que consomem os produtos e, do outro, pelas empresas responsáveis por sua fabricação. Envolve um esforço individual, de como podemos promover transformações a partir das nossas escolhas, mas também é fruto da ação coletiva. Afinal, somos nós quem questionamos, pressionamos empresas e governos, escolhemos e compramos.
Por fim, devemos recusar produtos que prejudicam o meio ambiente. Descartáveis de uso único, materiais que não podem ser reciclados, derivados de petróleo e de origem animal, entre outros. Podemos recusar também ações insustentáveis, como o consumo exagerado e desnecessário. Já falamos sobre os problemas do consumismo neste artigo.
Viagens sem plástico (e mais sustentáveis)
Essa mudança de atitude não é só pra julho e, muito menos, pra sua casa apenas. Ao longo de todo ano e mesmo fora da rotina, devemos rever nossos hábitos e tomar decisões mais sustentáveis.
Na Amazônia Baré, por exemplo, quem viaja com a gente recebe um manual de conduta para uma imersão mais cuidadosa. Uma imersão amazônica responsável deve considerar as diferenças culturais entre quem visita e quem recebe e os cuidados necessários com a floresta.
Para além do que você leva para sua vivência, acreditamos que a sustentabilidade pode ser alcançada com o que você traz da aldeia. Os povos originários podem nos inspirar a levar uma vida mais simples, conectada com a natureza e com o essencial para vivermos.
De 25 a 31 de julho, se junte à Braziliando na campanha #NossoPlanetaNãoÉDescartável, compartilhando como você substituiu o plástico na sua rotina. Mais informações no nosso Instagram.