Retrospectiva Braziliando 2023

Mais um ciclo que se encerra e viemos celebrar as conquistas, os aprendizados e as pessoas que fizeram parte desse ano especial. Em 2023, recebemos um prêmio inédito, participamos de programas inspiradores, espalhamos nossas sementes em um novo destino e promovemos encontros marcantes. Vem conferir tudo o que rolou na Retrospectiva Braziliando!

O ano começou com uma grande surpresa: fomos premiadas com o United Earth Amazonia Award, o Nobel Verde. Além da emoção e felicidade em recebermos essa conquista, a noite da premiação também foi uma oportunidade de reafirmarmos nosso compromisso com a sustentabilidade e de celebrarmos com pessoas da comunidade e outros parceiros que ajudaram a construir a nossa história.

Fizemos conexões com pessoas, negócios e empresas que nos ajudaram a fortalecer nossa essência e contribuíram com nossa trajetória. A Braziliando foi um dos negócios mentorados no Programa Inovação Social para a Amazônia, realizado pelo Portal do Impacto e a Phomenta. Nossa sócia-fundadora, Ana Taranto, se inscreveu para o programa e passou por uma capacitação online. Das quase 300 pessoas que se inscreveram, apenas 10 com melhor engajamento e participação foram selecionadas para receber mentorias individuais. Foi uma experiência enriquecedora, que nos permitiu ter novos olhares e ampliar nossa rede de contatos.

Também fomos aprovadas para a primeira fase do programa de aceleração 100+ Labs Brasil, uma iniciativa da Ambev em parceria com a Parceiros pela Amazônia e USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) e executada pelo Quintessa, que une inovação e sustentabilidade. E agora, no final do ano, também fomos aprovadas na Aceleração EmbraturLAB #2! O programa de inovação é realizado pelo Turistech Hub, o hub líder em inovação no turismo brasileiro, e pela EmbraturLAB, o braço de inovação da Embratur.

Nossa sócia, Tereza Taranto, também se conectou com importantes instituições que atuam na região amazônica. Em uma visita de campo muito especial, Tê se reuniu com nossos parceiros indígenas para traçar o planejamento da vivência Amazônia Baré e conheceu novas comunidades e histórias.

Tivemos alguns encontros especiais neste ano! 🙌 Em abril, nos reunimos na “cidade maravilhosa” pra percorrer a trilha indígena do Jardim Botânico. Por lá vimos várias espécies de plantas presentes no cotidiano dos povos originários, como Samaúma, Manacá e Vitória-Régia, e ainda curtimos um momento de confraternização. Em 2023, também teve o Braziliando Cozinha! Juntamos virtualmente o nosso time pra fazer uma moqueca de banana e um delicioso pavê de frutas. Qual será nossa próxima aventura gastronômica?

E as campanhas de 2023?! Quem nos acompanha no Instagram viu nossa missão de retirar o plástico de uso único da nossa rotina na Semana Sem Plástico, pra mostrar que #NossoPlanetaNãoÉDescartável. Também falamos sobre diversidade e inclusão na Semana do Orgulho, com direito a roda de conversa virtual e muita reflexão!

Outra ação importante foi a Conexão Baré Seca Amazônica, que alertou sobre a forte estiagem no Amazonas e arrecadou doações para nossos parceiros indígenas Baré. Por causa da seca, a vivência Amazônia Baré precisou ser suspensa.

Neste ano, também conseguimos realizar um desejo antigo de atuar em outras regiões e com novas comunidades. Atravessando o Brasil, rumo a Mata Atlântica, realizamos o nosso encontro de equipe no feriado da Consciência Negra em um quilombo. Apesar de conhecermos a região há bastante tempo, foi em 2022 que a Ana conheceu a comunidade e desde então começamos a desenhar essa parceria.

Junto com uma historiadora antirracista, Odara Philomena, vivemos uma imersão em um quilombo com mais de 200 anos de história e resistência. Além da comunidade ter conduzido atividades culturais e na natureza para a gente imergir no seu modo de vida, Odara trouxe questionamentos que contribuíram para a valorização da cultura negra e a quebra de preconceitos.

A Vivência no Quilombo é uma experiência transformadora e já tem data para acontecer em 2024 – de 30/05 a 02/06. Nessa imersão, você escuta as histórias da comunidade, prova as delícias da região, mergulha no rio e caminha em meio a Mata Atlântica, participa de oficinas e até de uma roda de jongo! Preencha a ficha de interesse para receber mais informações!

E você também pode embarcar – em qualquer época do ano e sem a necessidade de fechar um grupo – na vivência Amazônia Baré. Nessa jornada pela floresta e a cultura indígena, você se hospeda em uma pousada familiar, vivencia atividades do dia a dia local (como navegar de canoa ou caminhar pela mata), ouve as histórias e entra em contato com a sabedoria ancestral dos Baré.

Nossa gratidão a todas as pessoas que fizeram parte desses momentos e que fazem parte da nossa história. Neste ano, a Braziliando completou 7 anos de existência e nossa trajetória não seria a mesma sem as parcerias que construímos nesse caminho.

Nosso desejo para o próximo ano? Continuar promovendo a mudança que queremos ver no mundo! Bora com a gente nessa missão?

O que as indígenas Baré nos ensinam sobre a Amazônia

No dia 05 de setembro comemoramos duas datas muito importantes: o Dia da Amazônia e o Dia Internacional das Mulheres Indígenas. Muito se fala da reciprocidade, do respeito e afeto entre as protetoras e a floresta, mas as mulheres indígenas também são exemplos de criatividade, ancestralidade, ciência, poesia e solidariedade. Pra homenagear as mulheres indígenas do mundo, decidimos falar sobre nossas parceiras do povo Baré, que contam um pouco sobre a Amazônia através de suas vivências.

Amazônia: substantivo feminino

A maior floresta tropical do mundo abriga uma diversidade tão significativa quanto sua dimensão. Ocupando 60% do território brasileiro, a floresta é tão cheia de vida que uma nova espécie é encontrada quase todo dia. Cerca de 10% das espécies de plantas e animais conhecidos no mundo estão na Amazônia, fora a grande quantidade de espécies que ainda nem foram catalogadas.

As mulheres são maioria em toda a Amazônia Legal. Responsáveis pelo trabalho de cuidado – da família, do território, da biodiversidade e dos saberes tradicionais – elas apoiam na conservação da floresta, através da preservação das sementes e da grande variedade de espécies alimentícias e medicinais cultivadas.

Na aldeia onde vive o povo Baré, as mulheres são protagonistas de vários projetos que acontecem na comunidade. Na coordenação do turismo e das vivências da Braziliando, nos projetos de conservação da biodiversidade, liderando atividades e protegendo saberes ancestrais. Vem com a gente conhecer algumas delas!

Mulheres Indígenas Baré

Dona Ugulina

A anciã da comunidade é uma mulher forte, sábia e sorridente. Parteira da aldeia, carrega os ensinamentos da mãe e de tantas outras mulheres indígenas que a antecederam para realizar esse lindo ofício. Mãe de 10 filhos, avó e bisavó, ela viveu a experiência de três partos sozinha na aldeia. Mulher de coragem, que aos 70 anos esbanja disposição para ensinar e aprender, participando de duas das vivências online da Braziliando: a Conexão Baré e a Conexão Baré (Re)Nascimento.

Aos 19 anos, a Kunhã suri (mulher alegre em Nheengatu), viu a mãe realizar o parto do neto e já sentiu que conseguiria seguir seus passos. Depois fez 5 cursos fora da aldeia para aperfeiçoar a arte do partejar e ajudar as mulheres da região. Difícil mesmo é contar o número de partos que ela já fez em todos esses anos! Dona Ugulina confessa que já perdeu a conta.

Na última vivência online, a anciã recebeu uma pergunta sobre como orientar uma parturiente que tem medo do momento da chegada do bebê. Ela disse “a gente tem que ser mulher”, uma resposta simples para quem entende há muito tempo que resiliência e força, além de substantivos femininos, são qualidades das mulheres.

Rosy

Filha da Dona Ugulina e mãe de 6 filhos, Rosimeire é uma das coordenadoras do turismo na comunidade. Rosy é sinônimo de determinação e dedicação. Abraçando diversos projetos e com muita vontade de aprender, ela também é agente ambiental e coordena de forma voluntária o projeto de monitoramento de quelônios na comunidade.

Voltado para a conservação das tartarugas amazônicas, esse trabalho exige um cuidado especial durante alguns meses do ano, como coletar os ovos, observar os filhotes e depois soltá-los novamente na natureza. A Rosy representa a calma da floresta, ela sabe da importância de esperar (e respeitar) o tempo da natureza, de observar cada detalhe com atenção, pois a Amazônia é surpreendente!

Rosy também contribui para a união da ciência com os saberes tradicionais, ambos como conhecimentos fundamentais para a sustentabilidade e para a vida na floresta. Você descobre mais sobre o seu trabalho, o projeto de conservação e as tartarugas amazônicas na vivência online Conexão Baré Quelônios.

Gessiane (Paty)

Paty é hospitalidade. A anfitriã da vivência Amazônia Baré recebe em sua casa/pousada familiar viajantes de vários lugares do mundo e de culturas diferentes. Ela é, talvez, a dose mais presente da cultura Baré na vida de quem embarca nessa experiência amazônica.

Como a floresta, ela abriga e acolhe. Faz de seu lar, o lar de outras pessoas, mesmo que apenas por alguns dias. Como o rio, sua morada é leito para pessoas que buscam mergulhar em um novo mundo. A mãe da Helloyze acaba arrumando várias “crias temporárias” quando recebe viajantes e compartilha um pouco de todo esse afeto com essas pessoas.

Também faz parte da coordenação do turismo na comunidade, administra a pousada familiar e está prestes a iniciar um novo ciclo: a universidade.

Juliana

A Ju, que já foi anfitriã da Amazônia Baré, hoje é uma das responsáveis pela alimentação de quem embarca na vivência. Traduzindo a biodiversidade amazônica na mesa, Ju alimenta corpo e alma de viajantes. Os ingredientes amazônicos são ricos em nutrientes e em histórias, carregam tradições e modos particulares de preparo que vão além do prato.

Na vivência, ela também realiza a oficina de artesanato, ensinando a arte de confecção das biojóias. As peças, que por si só já trazem as cores e formas da floresta, juntas contam novas histórias e levam a Amazônia para outras cidades e até países.

Ju transforma o que a floresta tem de melhor pra oferecer em pratos e peças maravilhosos. É a materialização de toda a beleza que a floresta guarda em saberes, sabores e arte.

Para todas as mulheres indígenas, dentro e fora da floresta

Por aqui o sentimento é de gratidão a todas as nossas parceiras indígenas do povo Baré, que vêm trilhando o caminho do turismo sustentável com a gente. Mas celebrar o Dia Internacional da Mulher Indígena nos convida a sair da comunidade e até a sair da Amazônia, porque elas estão espalhadas por todo Brasil e pelo mundo.

Ocupando diversos espaços, essas mulheres são referência para tantas outras jovens indígenas e são inspiração para toda sociedade. Na política, como Sonia Guajajara e Célia Xakriabá; na moda, como Dayana Molina e We’e’ena Tikuna; na literatura, como Eliane Potiguara e Márcia Kambeba; nas artes, como Arissana Pataxó e Katú Mirim. Juntas elas promovem mudanças e trazem seus saberes ancestrais pro presente, cientes de que estão ajudando a construir um futuro melhor.

Participe de uma das vivências da Braziliando e conheça a Amazônia com as pessoas que ajudam a cuidar da floresta.

Julho Sem Plástico: nosso planeta não é descartável!

O “Plastic Free July” começou em 2011, na Austrália, como uma campanha para incentivar a redução dos resíduos de plástico no mundo. Mais de uma década depois do início do movimento, ainda precisamos falar sobre os perigos da produção e oferta ilimitadas do plástico e da necessidade de revermos nossos hábitos de consumo. Vem entender mais sobre o Julho Sem Plástico com a Braziliando e ver como seguir esse movimento até nas suas viagens.

Julho Sem Plástico

O plástico pode levar mais de 400 anos para se decompor. Isso significa que o primeiro plástico já produzido ainda está longe de desaparecer. Então, como resolver esse problema?

O que o Julho Sem Plástico propõe é retirarmos o plástico da nossa rotina para conseguirmos reduzir a produção desse tipo de lixo. De que forma? Vem ver com a gente!

Nossa casa (e nosso planeta) sem plástico

Você sabia que em um ano você pode ser responsável por jogar de 16kg a 64kg de plástico nos oceanos? Nosso país é o quarto maior produtor de lixo plástico no mundo e um dos que menos recicla. O resultado desse desequilíbrio é a poluição e degradação do meio ambiente.

A poluição das águas pelo lixo plástico já é algo conhecido. Tartarugas, baleias e aves marinhas são apenas algumas das mais de 1,5 mil espécies de animais vítimas da ingestão de plástico. Apesar de não ingerirmos plásticos acidentalmente como esses animais, nós, seres humanos, também somos afetados por essa poluição. No ar que respiramos, nos alimentos que consumimos e até mesmo na chuva, estamos sendo intoxicados pouco a pouco.

Então, como podemos mudar esse cenário? Aqui vão algumas dicas:

  • Reflita sobre o plástico que você utiliza em cada cômodo da sua casa e em cada atividade da sua rotina. Como podemos substituí-los?
  • Prefira embalagens de papel, vidro ou embalagens sustentáveis, como as feitas com plantas.
  • Compre alimentos a granel, levando da sua casa potes reutilizáveis ou saquinhos de tecido.
  • Evite comprar frutas e alimentos embalados em plástico
  • Se prepare antes de sair de casa: deixe na bolsa/mochila sua ecobag, canudo e talheres de metal, guardanapo de pano, copo reutilizável ou garrafinha.
  • Procurando um snack? Que tal uma fruta?! Não existe embalagem mais sustentável que suas cascas.
  • Prefira produtos em barra, como sabão, sabonetes, shampoo, creme, etc. Você sabia que pode fazer seus próprios produtos de higiene e limpeza em casa? Confira essa dica de sabão líquido natural.
  • Escolha escovas de dentes biodegradáveis, como as com cabo de bambu.

Recicle seus pensamentos e descarte o que é insustentável

Você já deve ter ouvido falar sobre a tríade Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Os “três R’s da sustentabilidade” surgiram como uma forma de diminuir o impacto do lixo na natureza e, com o passar dos anos, foram sendo atualizados e complementados. Hoje, falamos pelo menos em cinco e, em algumas listas, já passam dos vinte. Sobre esses novos R’s, vamos falar sobre dois muito importantes: repensar e recusar.

Repensar dentro da sustentabilidade é um convite a novas práticas. De um lado, pelas pessoas que consomem os produtos e, do outro, pelas empresas responsáveis por sua fabricação. Envolve um esforço individual, de como podemos promover transformações a partir das nossas escolhas, mas também é fruto da ação coletiva. Afinal, somos nós quem questionamos, pressionamos empresas e governos, escolhemos e compramos.

Por fim, devemos recusar produtos que prejudicam o meio ambiente. Descartáveis de uso único, materiais que não podem ser reciclados, derivados de petróleo e de origem animal, entre outros. Podemos recusar também ações insustentáveis, como o consumo exagerado e desnecessário. Já falamos sobre os problemas do consumismo neste artigo.

Viagens sem plástico (e mais sustentáveis)

Essa mudança de atitude não é só pra julho e, muito menos, pra sua casa apenas. Ao longo de todo ano e mesmo fora da rotina, devemos rever nossos hábitos e tomar decisões mais sustentáveis.

Na Amazônia Baré, por exemplo, quem viaja com a gente recebe um manual de conduta para uma imersão mais cuidadosa. Uma imersão amazônica responsável deve considerar as diferenças culturais entre quem visita e quem recebe e os cuidados necessários com a floresta.

Para além do que você leva para sua vivência, acreditamos que a sustentabilidade pode ser alcançada com o que você traz da aldeia. Os povos originários podem nos inspirar a levar uma vida mais simples, conectada com a natureza e com o essencial para vivermos.

De 25 a 31 de julho, se junte à Braziliando na campanha #NossoPlanetaNãoÉDescartável, compartilhando como você substituiu o plástico na sua rotina. Mais informações no nosso Instagram.

Marco temporal: o Brasil é terra indígena

Qual a importância das Terras Indígenas? Como o PL 490 (ou PL do Marco Temporal) pode impactar a vida dos povos originários e o meio ambiente como um todo? Vem com a gente na Semana do Meio Ambiente da Braziliando pra entender essas questões!

O Brasil é terra indígena

Dentre as poucas coisas que aprendemos sobre os povos originários na escola, um fato é incontestável: indígenas, de diversas etnias, já ocupavam o território brasileiro antes da chegada (ou invasão) dos europeus.

Estima-se que 3,5 milhões de indígenas viviam no nosso país antes de 1500. Esse número foi reduzido drasticamente com o passar dos anos e seu território também. Se antes tinham todo o Brasil, hoje a população indígena possui cerca de 13% dessa área para viver.

Entrada da comunidade
Fotógrafa: Nathália Segato

Pra falar de tempo precisamos falar dos mais de 5 séculos de violência contra os povos originários em relação aos pouco mais de 60 anos da primeira terra indígena reconhecida legalmente, da Constituição de 88, que reconheceu os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, e dos 40 anos do primeiro indígena eleito no Brasil.

Portanto, o tempo não é o mesmo para as populações originárias. Apesar de resistirem por mais de 500 anos contra as diversas violências que enfrentam, suas conquistas políticas são recentes.

Um marco temporal importante sobre os povos indígenas brasileiros: são 40 mil anos vivendo nesse país.

Terra: uma questão de perspectiva

Fotógrafa: Nathália Segato

Já parou pra pensar nos vários significados e interpretações dessa palavra? Se escrevemos o “T” maiúsculo, podemos falar do nosso planeta, mas podemos também nos referir a apenas um grão. Da mesma forma, a noção de terra pode mudar dependendo de fatores sociais, culturais e econômicos.

Para os povos indígenas, por exemplo, o vínculo com a terra faz parte de suas identidades. É uma conexão sagrada. Algumas etnias acreditam em deuses ligados a elementos da natureza, outras que a natureza é o lugar de descanso dos antepassados. Contudo, de uma forma geral, os povos originários entendem que a natureza é intrínseca à suas vidas.

Da água que mata a sede e irriga a plantação, das plantas que cuidam da saúde e nutrem o corpo, o rio que refresca e lava a alma, a terra que abriga e guarda histórias. Portanto, a demarcação das Terras Indígenas protege esses territórios de possíveis invasões e ocupações de não-índígenas, mas também protege suas culturas, tradições e modos de vida.

A terra também abriga um valor econômico. Para agricultores, pecuaristas, mineradoras, garimpeiros e empreiteiras as terras são oportunidade de negócios. Porém, o problema é que geralmente suas chegadas são acompanhadas de desmatamento, inundações, poluição, extinção de espécies, entre outras mazelas.

Como esses processos são, muitas vezes, irreversíveis, é necessário procurar um lugar “intacto” para seguir com as atividades. Diversas terras indígenas, por exemplo, já estão no radar de mineradoras sob o falso argumento de serem territórios que comprometem a produtividade agropecuária, que ocupa 41% do território brasileiro.

Vale a pena ler essa carta de um indígena norte-americano para o presidente dos EUA após receber uma proposta de compra das terras de seu povo.

PL 490 – o PL do Marco Temporal

O Projeto de Lei PL 490/2007 defende que só podem ser demarcadas as terras indígenas que eram tradicionalmente ocupadas ou que já estavam em disputa judicial na data da promulgação da Constituição de 1988.

O projeto impede a ampliação de terras indígenas já existentes e visa liberar o que hoje é proibido: atividade agropecuária e extrativa, garimpo e grandes empreendimentos, como estradas e hidrelétricas. O projeto ainda autoriza o cultivo de transgênicos em Terras Indígenas, o que é proibido. Confira mais sobre o impacto do PL.

As Terras Indígenas são uma forma de (tentar) reparar o que historicamente tanto se negou a essa população: sua moradia, sua cultura, sua subsistência. O atraso na garantia de seus direitos não deve justificar uma nova retirada de seus territórios e a ameaça de suas vidas.

Além disso, elas são as mais eficazes para manutenção dos estoques de carbono, ajudando a regular o clima e evitar que o aquecimento da Terra seja ainda mais intenso. Elas também contribuem para a conservação da biodiversidade, já que 29% do território ao redor das terras indígenas está desmatado, enquanto dentro delas o desmatamento é de apenas 2%.

Aqui você confere como funciona o processo legislativo e nessa reportagem do Estadão entender mais sobre o tema.

Mudando visões de mundo

No site da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) você confere algumas formas de ajudar. A Apib é uma instância de referência nacional do movimento indígena no Brasil.

De uma forma geral é preciso quebrar estereótipos e conhecer verdadeiramente os povos indígenas brasileiros. Nós acreditamos que através do turismo responsável podemos mudar visões de mundo e promover encontros transformadores.

Através da vivência online Conexão Baré, por exemplo, já promovemos um diálogo entre o saber tradicional e o saber científico, levando o conhecimento do povo Baré sobre sustentabilidade, conservação e empreendedorismo para instituições de ensino.

Conhecendo a realidade local, seus desafios e suas formas de vida podemos desconstruir paradigmas e preconceitos, além de contribuir com o fortalecimento cultural.

Ideias de Presentes Criativos para o Dia das Mães

O Dia das Mães está chegando e, se você está buscando inspiração de presentes criativos para a sua, fique de olho nas ideias que vamos trazer por aqui! Que tal usar essa data tão importante para escolher presentes significativos e sustentáveis?

O Dia das Mães é uma data muito importante. Para muitas famílias, o segundo domingo de maio é um dia de confraternização, encontros e presentes. Estes últimos fazem parte do ritual de celebração dessa data e no ano passado, por exemplo, a semana que antecedeu o Dia das Mães movimentou mais de 5 bilhões de reais nos shoppings de todo o país.

Já que os presente fazem parte desse dia, que tal usá-los para gerar impacto e transformações positivas? Vem conferir algumas dicas de presentes criativos, diferentes e sustentáveis para tornar o Dia das Mães ainda mais especial!

Presente para todas as mães

A vivência online Conexão Baré (Re)Nascimento é uma ideia de presente para uma diversidade de mães!

✅Para as que têm interesse em conhecer novas culturas, mas têm medo de viajar de avião.
✅Mães que têm curiosidade em conhecer povos indígenas da Amazônia, mas não querem imergir na mata.
✅Para mães que possuem mobilidade reduzida ou algum tipo de deficiência que a dificulta ou impossibilita de realizar uma viagem presencial para a floresta.
✅ Mães que moram longe de seus filhos.

Na vivência você confere os cuidados na gestação, no parto e no início do maternar em uma aldeia amazônica. Através da participação da anciã e parteira da comunidade, você escuta os relatos de quem cultiva a experiência de dezenas de partos e a sabedoria de quem cuida, guia e aconselha as gestantes.

Com o pajé, você conhece os rituais e amuletos de proteção, a medicina da floresta e os saberes ancestrais ligados ao nascimento. Ele vai compartilhar um pouco do seu papel na trajetória das mães indígenas e os ritos relacionados aos bebês.

Então, se sua mãe é curiosa, tem interesse em aprender com diferentes culturas, quer conhecer novas pessoas e busca novas visões de mundo, a Conexão Baré (Re)Nascimento é um ótimo presente para ela! Na vivência online ela também vai conhecer mães indígenas e ouvir seus relatos sobre suas experiências de parto na aldeia e na cidade.

Presente para futuras mamães

Entre os dias 08 a 11/06, o Voo do Beija Flor e o Yoga Materna vão promover uma viagem para casais grávidos em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro. A vivência “Tu Vens” pretende preparar os casais para receberem seus bebês, promover diálogos para fortalecer suas relações e iniciar a jornada parental.

Em uma pousada ecológica no meio da Mata Atlântica, um time muito especial vai promover conversas e propor reflexões para desconstruir crenças e conectar os casais:

  • Adriana Rennó, pedagoga e educadora parental; Joaquim Ferreira, constelador familiar;
  • Marina Morena, instrutora de yoga para gestantes, mães e bebês e doula, vão trazer seus aprendizados enquanto profissionais e genitores.

O casal vai participar de rodas de conversa, aula de yoga em dupla, oficinas de comunicação não violenta e de bases da educação respeitosa, preparação para o parto, amamentação e puerpério. A programação também vai contar com a vivência online Conexão Baré (Re)Nascimento, realizada de forma virtual e dias antes da viagem.

Presente para mães “zen”

As velas da Urucuna são elaboradas com óleo essencial de Breu Branco, resina sagrada da floresta que equilibra as emoções e traz organização de pensamentos. A manteiga de Tucumã também é um dos ingredientes da vela e vem de uma fruta típica amazônica, rica em propriedades anti-inflamatórias.

Dessa forma, se sua mãe gosta de boas energias e tem o hábito de acender velas para meditar ou para deixar a casa cheirosa, essas velinhas são uma ótima sugestão de presente. A vela tem o selo “Origens Brasil” pois é um produto que valoriza a floresta em pé e os povos que vivem dela. Uma jóia da Amazônia na sua casa!

A Urucuna é um negócio de bem-estar para casa que tem como objetivo agregar valor aos produtos da sociobiodiversidade e o uso sustentável dos recursos naturais, respeitando o modo de vida e o conhecimento tradicional.

Presente pra mãe que gosta de yoga

A Vivência DeRose na Amazônia é uma uma imersão de 5 dias em uma comunidade ribeirinha na floresta amazônica com atividades de meditação, Mindfulness e técnicas respiratórias e corporais, promovidas pelo DeRose Method.

Sua mãe busca autoconhecimento, imersão em novas realidades e conexão com a natureza? Então ela poderá integrar um grupo de viajantes e se hospedar em uma comunidade ribeirinha.

Juntos vão provar os sabores locais, realizar atividades de aventura e culturais e ouvir as histórias de vida de quem nasceu e cresceu na floresta.

A vivência acontecerá de 01 a 05 de agosto de 2023, portanto, não demore para inscrevê-la!

Presente pra mãe viajante

Na vivência Amazônia Baré sua mãe se hospedará em uma aldeia indígena, rodeada pela floresta e pelo rio. Em conexão com os moradores locais, indígenas da etnia Baré, quem embarca na vivência poderá aprender sobre os costumes, a culinária, o artesanato e o modo de vida local.

Portanto, sua mãe poderá realizar atividades de imersão, como canoagem, trilha na mata e oficina de artesanato, e partilhar momentos de aprendizado, em uma conversa com o pajé ou uma prosa na casa de farinha.

Se fazendo presente!

Nas experiências online e presenciais da Braziliando, você pode embarcar junto com sua mãe e viver um momento de conexão e partilha entre vocês.

Gostou das nossas dicas? Então já manda esse artigo para mais pessoas e vamos promover um Dia das Mães com presentes mais responsáveis e transformadores!

Entrada da comunidade

Dia dos Povos Indígenas: que tal descobrir o preconceito do “Dia do Índio”?

Na Semana Indígena Braziliando vamos falar sobre a importância do Dia dos Povos Indígenas e de como podemos ressignificar essa data, trazendo debates, informações e experiências conectados à realidade indígena e que valorizem a diversidade sociocultural dos povos originários. (Re)Descubra o “Dia do Índio” e vem com a Braziliando apoiar comunidades tradicionais.

“Índio”: uma visão de preconceito

“Pessoa de cabelos lisos, pele morena, que mora na floresta e usa penas e pinturas corporais pelo corpo nu. Falante de uma língua estranha e dona de uma cultura exótica. Caçadores, selvagens e incivilizados”.

Esse é o imaginário de muitas pessoas quando falamos sobre os povos indígenas. A imagem do “índio” ainda hoje está presente nas escolas, na mídia e na cultura não-indígena. Nos livros de Geografia, por exemplo, há generalizações e uma ausência da questão indígena atual.

E qual o problema do “índio”? Esse termo surgiu com a chegada dos colonizadores na América e seu primeiro contato com os povos originários, através de um olhar cheio de preconceito e desinformação. Esse termo não deve ser usado para se referir aos povos indígenas e, desde julho do ano passado, há uma lei que altera o nome do “Dia do Índio”. Pra resumir, podemos citar a fala do escritor, professor e ativista indígena, Daniel Munduruku.

“Eu não sou índio e não existem índios no Brasil. Essa palavra não diz o que eu sou, diz o que as pessoas acham que eu sou. Essa palavra não revela minha identidade, revela a imagem que as pessoas têm e que muitas vezes é negativa”.

Daniel Munduruku

Além do uso desse termo, expressões populares, como “programa de índio” ou “índio é preguiçoso”, também reforçam o preconceito contra os povos originários e ajudam a fortalecer esse imaginário reducionista do que realmente são suas culturas.

Confira aqui outras expressões para não usar.

Povos Indígenas

Um país tão extenso quanto o nosso, tão diverso e com diferentes contextos, reflete sua pluralidade em seu povo. Se é difícil definirmos uma identidade brasileira, por que fazemos isso com os povos indígenas?

São mais de 1,4 milhão de indígenas, presentes nas 5 regiões do país e de mais de 300 etnias. São centenas de povos, com culturas, línguas e contextos diferentes, vivendo em aldeias e nas áreas urbanas, em toda parte do nosso território. No sul do país, por exemplo, vivem os Kaingang – um dos cinco povos indígenas mais populosos no Brasil.

De norte a sul, cada povo tem necessidades específicas e acabam encontrando em seu meio formas de resistir. Seja na arte, nos movimentos sociais, nas universidades, na literatura, na música ou na moda. Juntos lutam pela defesa de seus direitos, buscando uma sociedade mais inclusiva, diversa e tolerante.

Aqui no blog já mostramos algumas personalidades indígenas LGBTQIAP+ que estão usando a arte e as redes sociais para transformar a sociedade e manter a cultura ancestral pulsando.

A cultura brasileira é indígena. Nossa alimentação, nosso vocabulário, nossa música, nossa medicina e muitas outras áreas da nossa vida tiveram os saberes dos povos originários como inspiração e referência.

Que tal conferir o documentário “Diálogo entre dois mundos”? A série documental de 7 episódios mostra o encontro entre o historiador e fotógrafo, Cadu de Castro, com o Nhanderuí (líder espiritual), Egino Chaapeí, sobre os hábitos, as relações simbólicas e a religiosidade do povo Guarani.

Valorizando a cultura indígena através da conexão

Uma forma de mudar sua visão sobre os povos originários e descolonizar seu pensamento é buscar mais conhecimento. Amplie suas referências indígenas na literatura, na moda, na música, nas artes plásticas, etc. Procure experiências onde o saber e a cultura indígena sejam valorizados.

A Conexão Baré, por exemplo, visa contribuir com a valorização cultural apoiando o povo Baré na preservação da memória ancestral e fortalecendo o sentimento de orgulho e pertencimento. Na edição especial (Re)Nascimento, vamos ouvir a anciã da comunidade e o pajé compartilharem suas histórias e saberes sobre a gestação, o parto e o puerpério.

Pessoas de muita habilidade, fé e sinergia com a Mãe-Natureza. Fontes de saberes que perpassam gerações e guias da mente, do corpo e da alma. Em conjunto, compartilham um pouco do que já viram e viveram, nos inspirando e ensinando sobre o “nascer Baré”.

Escute os relatos de mães sobre suas experiências na aldeia e na cidade, conheça alguns ritos de proteção e cuidado com bebês, entenda como as plantas da floresta são usadas na promoção da saúde, faça perguntas e descubra um novo olhar para a vida.

A vivência acontecerá em maio, mês das mães. Saiba mais e inscreva-se aqui.

Que tal descolonizar nossa visão de mundo? Vem com a gente!

United Earth Amazonia Award, o Prêmio Nobel Verde!

A Braziliando conquista mais um importante prêmio de relevância mundial que reconhece nosso trabalho pautado na sustentabilidade. Somos um dos seis projetos vencedores do United Earth Amazonia Award! Baseado nos mesmos valores do Nobel da Paz, o prêmio alinha-se com a missão da família Nobel de unir as pessoas e nações da Terra na construção de nosso futuro coletivo e sustentável Vem conhecer o “Nobel Verde” e conferir como foi a cerimônia!

Foto com comunitários e sócia da Braziliando na entrada do Teatro Amazonas, na cerimônia da premiação.
Da esquerda para direita: Reinaldo, Gessiane, Nailza, Joarlison e Tereza (BRDO). Ao fundo, o Teatro Amazonas, em Manaus.

United Earth Amazonia: sobre o prêmio

Uma iniciativa das instituições United Earth e LCTM BrandBuilders, com o apoio institucional da prefeitura de Manaus e do governo do Estado do Amazonas, o prêmio (inédito) foi lançado em outubro de 2022, como parte das comemorações do aniversário da cidade de Manaus.

A United Earth é uma organização internacional que reconhece e promove a liderança ambiental e a excelência humanitária em todo o mundo. Presidida por Marcus Nobel, descendente de Alfred Nobel (o criador do prêmio Nobel), a United Earth concentra esforços, recursos e programas globais com o objetivo de unir as pessoas e nações da Terra para nosso futuro coletivo e sustentável.

O objetivo do United Earth Amazonia Award é promover, globalmente, o melhor da Amazônia e do Brasil nos segmentos da Arte e da Música e de iniciativas de ESG (responsabilidade ambiental, social e governança), com comprovada relevância e efetividade no suporte à sustentabilidade da floresta e de seus habitantes. Na arte e na música, os critérios de seleção são: a contribuição pública para a conscientização, poder de unificação e relevância da sustentabilidade socioambiental. Saiba mais aqui.

Indicação, auditoria e seleção

Como acontece no Nobel da Paz, não há inscrição aberta para interessados. Portanto, as indicações são feitas por pessoas reconhecidamente comprometidas com a sustentabilidade da floresta e representativas dos vários setores sociais, desde órgãos públicos e academia, até líderes comunitários e influenciadores.

O comitê gestor do prêmio avaliou cada um dos projetos nomeados, em relação ao seu impacto atual e à relevância para a sustentabilidade da Amazônia, sob os aspectos ambientais, de responsabilidade social e de governança, usando os valores da United Earth de Ética e Paz.

A auditoria, realizada pela empresa Ambipar, durou cerca de um mês e foram analisados mais de 80 projetos, distribuídos por toda a Amazônia Legal. Com o objetivo de conhecer a iniciativa mais a fundo e como se dá o processo de gestão do mesmo, foram realizadas duas entrevistas com as sócias da Braziliando, em que elas compartilharam os impactos gerados e os benefícios para a sociedade e para o meio ambiente. Posteriormente, foram enviados diversos documentos comprobatórios para validação do nosso trabalho e impacto socioambiental.

Logo depois, tivemos que esperar a análise de todos os documentos e a deliberação do comitê. A resposta veio através do presidente da United Earth, Marcus Nobel, no vídeo de anúncio da vitória da Braziliando.

O símbolo do Nobel Verde

O troféu é uma obra de arte. E a designer internacional Silvana Borges (LCTM) e o artista plástico Darlan Rosa deram vida à escultura que tem a forma de esfera com seis faces. Cada uma delas representa os 6 pilares da United Earth Amazonia – fauna, flora, ar, água, recursos naturais e humanidade.

Na tarde da cerimônia houve o lançamento da pedra fundamental de uma escultura de 5 metros de diâmetro. A escultura será instalada no complexo turístico da Ponta Negra, em Manaus.

Cerimônia de premiação

No dia 27 de fevereiro, a cerimônia foi realizada no Teatro Amazonas, em Manaus. Juntamente com os 6 projetos vencedores de ESG, foram homenageados os artistas Roberto Carlos e Erasmo Carlos (in memoriam, representado por seu filho Leo Esteves) por suas canções que há mais de 50 anos promovem a proteção ambiental, o amor entre as pessoas e o respeito a todas as criaturas.

Junto à Tereza, sócia da Braziliando, participaram do evento algumas das várias pessoas que escrevem com a gente essa história, como alguns de nossos parceiros indígenas e ribeirinhos e nossa parceira da ONG IPÊ (Instituto de Pesquisas Ecológicas). O IPÊ também contou um pouco sobre a premiação neste artigo.

Posteriormente, ao receber o prêmio, Tê compartilhou como a Braziliando traz mais cor e luz à sua vida e agradeceu aos viajantes e volunturistas, equipe e parceiros, que nos dão a mão e ajudam nessa caminhada.

A ideia é tornar o prêmio uma referência para conscientizar a população a mudar hábitos e atitudes para contribuir com a preservação do planeta. Veja a cerimônia na íntegra abaixo.

Unid@s

O United Earth Amazonia Award reafirmou uma certeza que já compartilhávamos: junt@s podemos transformar realidades e promover um mundo mais sustentável e harmonioso.

Seguimos com a missão de promover ações de impacto positivo para comunidades, seus territórios e para a biodiversidade local, valorizando o que os torna únicos, gerando renda e oportunidades e sendo responsáveis em nossa atuação.

Por outro lado, também procuramos oferecer experiências autênticas e orientar quem nos procura. Acreditamos que, ao final de tudo isso, os dois lados se transformam e para além do período da vivência realizada, mas permanentemente.

Chegou até a Braziliando por esse artigo? Conheça nossas vivências!

Green Friday: repensar e recriar a Black Friday!

Os descontos da Black Friday costumam ser tentadores, mas já pararam para refletir que essa data costuma ser sinônimo de descontrole e desperdício? Para reverter esse cenário surgiu a Green Friday! Podemos economizar, sim, mas consumindo de forma responsável e gerando transformações positivas. Para isso, confira o movimento Semana Verde da Braziliando!

Trocar a Black Friday pela Green Friday

A Black Friday é um evento comercial que surgiu nos Estados Unidos, a partir da década de 1980.

Conhecida pelos descontos estratosféricos concedidos pelos comerciantes, a Black Friday acontece na última sexta-feira de novembro, logo após o feriado de Thanksgiving (Ação de Graças) nos EUA.

Com a popularização do evento a partir dos anos 2000, outros países começaram a aderir à Black Friday no calendário anual, como o Brasil, que promove o evento desde 2010.

Mas acreditamos que devemos tirar a Black Friday do calendário, substituir a data pela Green Friday. Assim, podemos repensar nossos hábitos de compra e disseminar o consumo consciente e responsável!

Qual o custo da economia?

Um dos problemas da Black Friday é o consumo desenfreado e irresponsável.

O consumismo faz muitas pessoas comprarem por impulso e não pela real necessidade de um produto. Além disso, a data impõe uma certa urgência (expressões como “apenas nesta sexta”, “última chance”, “desconto imperdível” são comuns), criando um cenário de filas enormes e disputas. Essa pressão acaba contribuindo para que não haja uma devida reflexão no ato da compra.

Do outro lado, as empresas investem em um marketing agressivo para convencer as pessoas de que elas precisam comprar. E as indústrias oferecem produtos com vida útil cada vez menor (a chamada obsolescência programada).

Consumo consciente

É importante considerar que para um imenso grupo de pessoas, o consumo consciente e responsável não é uma escolha. Para elas, as decisões de compras são pautadas pelo que se tem acesso, o que é possível comprar.

Contudo, quando temos a oportunidade de optar por produtos sustentáveis, como os biodegradáveis, orgânicos, duráveis e feitos através de uma cadeia produtiva responsável, é nosso dever priorizá-los.

Que tal trocar o imediatismo e pensar em como podemos contribuir para que outras pessoas também se sintam realizadas? Evitar a compra por impulso e refletir sobre a origem do produto e as pessoas responsáveis por sua produção? Se questionar de onde vem a matéria-prima usada na produção? Qual a destinação dos resíduos de sua fabricação? Para onde vão esses produtos quando sua vida útil chega ao fim? O propósito da Green Friday é nos fazer refletir sobre essas questões!

E que tal promovermos a mudança que queremos ver no mundo para além do consumo? É necessário refletirmos sobre nosso papel e sobre as responsabilidade das nossas escolhas. Podemos gerar transformações positivas também através do nosso trabalho, nossa disponibilidade e escuta, tendo mais empatia, nos engajando nos movimentos que vão contra o rápido, agressivo, padronizado e explorador.

Semana Verde

Indo contra a corrente da Black Friday, decidimos aderir à Green Friday (Sexta-feira Verde) e, inclusive, expandi-la para nossa Semana Verde (Green Week). Nosso objetivo é trazer uma importante reflexão sobre o consumismo e difundir o consumo consciente e responsável.

Nós da Braziliando acreditamos que a felicidade está nos momentos que compartilhamos, nos aprendizados, nas trocas sinceras, na descoberta de uma outra cultura ou na vivência de uma forma de viver diferente da nossa.

Investir nosso dinheiro em experiências transformadoras, como as vivências da Braziliando, é uma ótima forma de trocar o “consumo pelo consumo” por experiências de vida que expandem nossa visão de mundo, geram conexão, marcam nossa alma e coração e, ainda, geram impacto socioambiental positivo.

Por isso, temos um presente pra você, consumidor consciente que também valoriza experiências de vida! Estamos oferecendo 10% de desconto nas reservas da nossa imersão Amazônia Baré realizadas entre o dia 25/11/2022 e o dia 01/12/2022. Importante: a viagem deve ser iniciada antes do dia 30/06/2023.

Mas para as pessoas inscritas na nossa lista de e-mails, o prazo de realização da viagem é estendido até 30/11/2023! Cadastre-se na nossa nossa Newsletter antes do prazo de reserva promocional para contar com essa condição especial! Quem assina a nossa lista, fica também sabendo em primeira mão das novidades da Braziliando e das nossas vivências, podendo, inclusive, co-construí-las. E, ainda, recebe informações sobre sobre sustentabilidade, turismo responsável e descontos exclusivos.

Vida verde

Para as pessoas que querem se inspirar em um modo de vida mais conectado com a natureza e baseado em valores como a simplicidade, a comunidade e a harmonia, a vivência Amazônia Baré pode contribuir com essa transformação.

Na aldeia, você vive outro ritmo e realiza atividades do cotidiano dos comunitários. Anfitriões indígenas da etnia Baré são os protagonistas da vivência e quem conduz o viajante, mostrando um pouco do modo de vida na floresta. 

Além disso, buscamos reduzir os impactos ambientais. Para isso, compartilhamos com nossos viajantes um código de conduta e um manual de viagem para uma imersão mais respeitosa e responsável. 

Por fim, buscamos gerar renda e oportunidade para a comunidade indígena e ribeirinha. Nesse sentido, a remuneração é definida em conjunto com a comunidade e mesmo quem não trabalha diretamente com o turismo pode se beneficiar. Isso acontece tanto pela parcela do valor arrecadado que vai pro caixa comunitário e, também, através da renda indireta gerada pelo turismo sustentável

Entre em contato pelo e-mail discover@braziliando.com e vamos promover a mudança que queremos ver no mundo!

Turismo sustentável na Amazônia: vantagens e como ir

O turismo sustentável pode trazer vários benefícios para a população local. Além da preocupação com o meio ambiente, quem viaja buscando a sustentabilidade também contribui para a geração de renda e melhoria da qualidade de vida das pessoas. Veja abaixo algumas vantagens que separamos e descubra como fazer turismo sustentável na Amazônia!

Trocas autênticas

O turismo sustentável valoriza o cotidiano, a simplicidade e a vizinhança. A cultura local é protagonista e é vivida intimamente, através da troca e da partilha. Respeitando o tempo da comunidade e criando conexões verdadeiras, o viajante participa do dia a dia local.

Almoço com a comunidade (Fotógrafa: Marcivania Melo, indígena Baré)

Na experiência Amazônia Baré, você se hospeda na casa de uma família local e vivencia por alguns dias a rotina na floresta. Você aprende com as tradições e saberes originários, prova a deliciosa culinária Baré e acompanha processos e práticas cotidianas e ancestrais.

Na Conexão Baré, os viajantes virtuais conhecem a cultura Baré através de uma plataforma de videochamada e podem interagir diretamente com os comunitários. A imersão começa dias antes do “embarque”, com diversos materiais que preparam (e, às vezes, introduzem) os participantes sobre aspectos da vida indígena.

Dividir para multiplicar

Artesanato
Artesanato da comunidade Nova Esperança (Fotógrafa: Nathália Segato)

O turismo sustentável também distribui a renda e as oportunidades. Além de beneficiar quem está diretamente envolvido com a atividade, moradores que produzem outros produtos e realizam outras práticas também podem colher os frutos do turismo.

Na vivência presencial, por exemplo, a rede de apoio é bem diversa. Comunitários que cultivam o roçado, que pescam ou que produzem artefatos advindos da floresta, também participam dos ganhos, assim como pessoas de outras comunidades, como os pilotos de lancha e outros produtores. O grupo de artesãos local se beneficia com a chegada de viajantes, através da realização de oficinas e da exposição das peças.

Mantendo a floresta em pé

A preocupação ambiental também é uma característica do turismo sustentável. Sendo assim, o lixo produzido na viagem e a exploração animal, que muitas vezes serve de entretenimento no turismo convencional, são fatores importantes a serem levados em conta.

Quelônios (bichos de casco) sobre a grama
Quelônios do projeto de monitoramento da biodiversidade realizado na comunidade (Fotógrafa: Tereza Taranto)

A Braziliando assumiu um compromisso com a World Animal Protection de proteção ao bem estar animal, não vendendo, oferecendo ou promovendo empreendimentos ou atividades em que os animais silvestres
são disponibilizados para o entretenimento dos turistas.

Além disso, na viagem online há uma redução da emissão de gás carbônico (já que não envolve deslocamento aéreo nem terrestre) e dos resíduos. Já na Amazônia Baré, o viajante recebe um manual com orientações de como ser mais responsável em sua vivência amazônica.

Coletividade

A sustentabilidade é uma preocupação coletiva. Portanto, estabelecer parcerias no turismo é fundamental para ampliarmos e facilitarmos o acesso aos seus benefícios. Por exemplo, nas parcerias com outras instituições e agências, é essencial que elas estejam alinhadas com o propósito da comunidade e comprometidas em ter uma atuação responsável.

Expedição “Amazoniando”, realizada em outubro de 2017.

A Braziliando tem um compromisso em gerar transformações positivas. Por isso, acreditamos que é possível quebrar estereótipos e promover, através do turismo, a mudança que queremos ver no mundo. Saiba mais sobre nossa atuação aqui.

Valorização cultural

Prosa na Casa de Farinha
Processo de produção da farinha de mandioca – Fotógrafa: Nathália Segato

O turismo sustentável evidencia a cultura local e procura contribuir para sua preservação. Logo, a comunidade deve ser protagonista e o turismo um aliado na melhoria da sua qualidade de vida.

Agora você já sabe as vantagens de praticar o turismo de forma sustentável. Embarque nas vivências da Braziliando e gere oportunidades para comunidades indígenas e ribeirinhas, valorize suas culturas e preserve o meio ambiente, através do turismo sustentável na Amazônia.

Braziliando é vencedora de prêmios de turismo sustentável

A sustentabilidade é um pilar essencial da atuação da Braziliando. Nesta ano de 2022, uma de nossas vivências – a viagem virtual Conexão Baré – foi ganhadora de dois prêmios de relevância nacional e internacional para o turismo sustentável: o Prêmio de Turismo Responsável WTM Latin America e o Prêmio Braztoa de Sustentabilidade.

Vem com a gente descobrir um pouco mais sobre esse importante marco na nossa história!

Turismo sustentável: uma preocupAÇÃO da Braziliando

Ana e Tê (Braziliando) abraçadas com os comunitários na entrada da aldeia.
Ana e Tereza, sócias da Braziliando, com os indígenas de uma comunidade parceira.

Nossa missão de promover experiências responsáveis e autênticas sempre foi pautada na preocupação com a comunidade, viajantes e com o meio ambiente. Além de oferecer vivências conectadas com a realidade local e que respeitam as tradições e o cotidiano dos moradores, buscamos incentivar a valorização de sua cultura (pelo viajante e pelo próprio comunitário) e gerar oportunidades.

O propósito é permitir novos olhares, quebra de paradigmas e uma nova visão de mundo, pautada na solidariedade, na harmonia com o meio ambiente e as pessoas, na simplicidade e no respeito.

Esses importantes prêmios reconhecem o que buscamos promover desde 2017, quando começamos a atuar com turismo sustentável na AMAzônia.

Prêmio Turismo Responsável WTM Latin America

Fomos uma das três iniciativas brasileiras finalistas no Prêmio Turismo Responsável WTM Latin America e Gold Winner na categoria Sustaining Employees and Communities through the Pandemic (Apoio a funcionários e comunidades durante a pandemia).

Prêmio WTM Turismo Responsável. Ana e Tereza abraçadas no palco enquanto Ana segura o prêmio com uma das mãos. Ao fundo, uma tela exibe um slide anunciando a vitória da Conexão Baré na categoria "Apoio a funcionários durante a pandemia".
Sócias da Braziliando recebendo o prêmio pela experiência Conexão Baré.

A cerimônia aconteceu em abril, em São Paulo, e foi a realização de um sonho. Termos a Conexão Baré como ganhadora, entre 14 iniciativas finalistas de empresas de vários lugares do mundo, é uma grande honra e mostra que estamos no caminho certo.

Prêmio Braztoa de Sustentabilidade

Junto a conquista que fez nossos corações transbordarem, fomos surpreendidas por mais uma: a Conexão Baré foi também vencedora do Prêmio Braztoa de Sustentabilidade.

Nesta edição, a premiação procurou reconhecer iniciativas que superaram os desafios enfrentados pelo setor frente à pandemia da COVID-19. O juri avaliou se os participantes, para além dos resultados econômicos, desenvolveram iniciativas sustentáveis em seus projetos e impactaram positivamente as pessoas e o planeta.

Prêmio Braztoa de Sustentabilidade. O tema dessa edição foi "Resiliência". O troféu representa uma árvore, feito em fibra de tom marrom claro/bege.

A resiliência não foi apenas da Braziliando, que continuou apoiando os comunitários (através da geração de renda e valorização cultural) e operando na pandemia, mas também do povo Baré que fez da internet uma ferramenta de aprendizado e multiplicadora de oportunidades.

E depois de tanta boa notícia, a Braziliando ainda foi selecionada pelo júri da premiação, dentre as 5 vencedoras, para ser presenteada com a produção de um vídeo do Ministério do Turismo apresentando a iniciativa. Aguenta coração!

Confira aqui a cerimônia da premiação na íntegra.

Turismo Sustentável e Protagonismo indígena

Além de terem cocriado a Conexão Baré com a Braziliando, os comunitários da aldeia estão envolvidos no planejamento e condução de cada edição. Após um ano de viagens online, notamos que a participação dos indígenas da comunidade no turismo aumentou e que a vivência virtual atraiu pessoas de todas as idades e gêneros.

O protagonismo Baré demonstra que além de manterem a floresta em pé, usando os recursos de forma sustentável para geração de renda e empoderamento, os povos tradicionais também utilizam a tecnologia como aliada no compartilhamento de sua cosmovisão e no fortalecimento da sua cultura.

Vem com a gente valorizar a cultura tradicional e gerar impactos positivos embarcando na Conexão Baré!