Manaus: o que fazer, onde ir e como viver uma experiência autêntica na Amazônia

No dia 24 de outubro, Manaus celebra 356 anos. Por isso, nada melhor do que aproveitar a data para celebrar a cidade onde a floresta encontra a cultura e o rio se mistura com o asfalto. A capital manauara é o coração pulsante da Amazônia: um mosaico de cores, sabores e saberes que contam a história de um povo profundamente conectado à natureza. Se você quer saber o que fazer em Manaus e viver experiências além dos roteiros tradicionais, este guia foi feito para você. Vem com a gente!

O que fazer em Manaus: lugares que não podem faltar no seu roteiro

Quando pensamos na Amazônia, já imaginamos as copas das árvores que quase tocam o céu, os rios que abraçam o horizonte e a imensa diversidade de seres vivos que a floresta abriga. Mas antes de se lançar pelos rios, vale dedicar alguns dias para conhecer os principais pontos turísticos da cidade.

Teatro Amazonas

Símbolo cultural e arquitetônico da capital manauara, o Teatro Amazonas impressiona quem passa pelo Largo de São Sebastião, no centro de Manaus. Prestes a completar 139 anos de existência, o espaço — que também é um museu — recebe espetáculos regularmente além de outros eventos, como o Festival Amazonas de Ópera, bem como os festivais de Dança e Teatro. Faça a visita guiada sem a necessidade de agendamento prévio e confira a programação quando estiver por lá – costuma ter diversos eventos gratuitos.

Mercado Municipal Adolpho Lisboa

Às margens do Rio Negro, você encontra uma dose concentrada da Amazônia em plena capital manauara. O Mercado Adolpho Lisboa reúne os cheiros, sabores e saberes amazônicos e, além disso, te convida a uma imersão na cultura local. Por fim, é o lugar ideal para comprar diversos tipos de farinha, tucupi, óleos, castanhas, tapioca e muito mais! E bem ali do lado fica a Feira Manaus Moderna, referência no comércio popular de Manaus e parada obrigatória para quem deseja conhecer (e provar) frutas típicas, peixes frescos e ervas medicinais.

Museu da Amazônia

No coração de uma reserva florestal em plena Manaus, o Museu da Amazônia (MUSA) é um convite para mergulhar na cultura, na ciência e na beleza viva da floresta. O espaço abriga exposições, viveiros e uma torre de observação com 42 metros, que se eleva acima das copas das árvores e oferece uma vista de tirar o fôlego. Lá do alto, o olhar percorre o tapete verde, vagueia pelo horizonte até você encontrar o rio ou os contornos da cidade. Explore as trilhas por conta própria ou agende uma experiência especial.

Centro Cultural Óscar Ramos

Na rua Bernardo Ramos, marco zero de Manaus, dois casarões históricos contam a trajetória de um dos maiores artistas do Amazonas: Óscar Ramos. Referência nas artes visuais, no teatro e na cultura amazônica, ele assinou capas de discos de Caetano Veloso e Gal Costa e a direção de arte de filmes como Tainá e Escorpião Escarlate. O Centro Cultural Óscar Ramos, nas casas 69 e 77, abriga exposições permanentes e temporárias e preserva a memória de quem traduziu, em cores e formas, a alma da Amazônia.

Manaus autêntica – experiências para viver como uma pessoa local

Nós da Braziliando acreditamos que conhecer um lugar através do olhar de quem mora ali é o melhor jeito de viajar. Por isso, se você busca viver a verdadeira Manaus, vale explorar o lado mais cotidiano da cidade — aquele que revela sua alma amazônica.

Feira de artesanato da Av. Eduardo Ribeiro

Com mais de 20 anos de história, a feira acontece todos os domingos na Avenida Eduardo Ribeiro, no centro de Manaus. Por lá você encontra artesanatos, souvenirs, roupas e, ao final, diversas barraquinhas de comidas típicas.

Sambódromo de Manaus

Palco de diversos espetáculos, como o Festival Folclórico do Amazonas, o Sambódromo é um espaço muito frequentado pelos manauaras. Muita gente conhece o Festival de Parintins, mas você sabia que Manaus também tem seus bois-bumbás? O “Boi Manaus” é um evento anual que celebra a cultura popular e o orgulho de ser manauara. Quando estiver em Manaus, fique de olho na programação!

Café regional

Existe uma grande variedade de opções! Desde opções mais “gourmet”, mas também em qualquer esquina das ruas da cidade. Os cafés regionais são ponto de encontro de moradores e aquela pausa para curtir os sabores tão típicos da Amazônia. No cardápio sempre tem: café, farofa, tapioca e, claro, x-caboquinho!

X-caboquinho

Queijo, tucumã e banana. Às vezes na tapioca, outras no pão de sal (pão francês). Apesar de parecer simples, pelo número de ingredientes, ou comum, por ser encontrado em quase todo comércio manauara, o x-caboquinho é patrimônio cultural imaterial de Manaus. No café da manhã, almoço ou jantar, o importante é não deixar de provar essa delícia manauara.

E para conhecer Manaus de forma autêntica, que tal embarcar em experiências imersivas na capital, guiadas por quem nasceu e cresceu na floresta? Você pode:

  • Conhecer a cultura, história e gastronomia manauara visitando lugares históricos e incomuns do centro de Manaus, como museus, galerias, projetos e um restaurante típico regional, ao lado de um anfitrião local, que tem como missão apresentar o estilo de vida do manauara e sua relação com a cidade e com a floresta.
  • Viver uma experiência diferentona pela vida noturna de Manaus e desbravar lugares incríveis, com muita história, bons drinques e bebidas produzidas e inspiradas na AMAzônia, finalizando a noite em uma festa com músicos locais.
  • Uma experiência pela gastronomia amazônica, pela história da cidade e a diversidade cultural que existe na maior floresta tropical do mundo. Aprecie o pôr-do-sol na cidade, com degustações amazônicas, drinques locais, ótimas histórias, lugares incríveis e música boa…

Se tiver interesse em realizar alguns desses passeios, fale com a gente!

Manaus Originária: vivência indígena na floresta

Conhecer os povos originários da floresta é um desejo de muitas pessoas que visitam a região. A Amazônia abriga quase 900 mil indígenas, mais de 180 povos originários e, de acordo com o último censo, Manaus é o município brasileiro com maior número dessa população. Existem diversos tipos de experiências em aldeias indígenas, mas, para ter uma imersão genuína e responsável, é importante se atentar a alguns detalhes: quem são os protagonistas da experiência? O turismo é uma escolha da comunidade? Há atividades que promovem interação com animais silvestres? A renda gerada chega até a comunidade de forma justa?

Viajantes Amazônia Baré – Katherin e Jonathan

Nós sugerimos que você busque experiências de turismo de base comunitária em aldeias indígenas, como a vivência Amazônia Baré. Nessa imersão, você viverá o dia a dia da comunidade, participando da rotina dos moradores locais e ainda vivendo experiências típicas de quem mora na floresta, como navegar de canoa, caminhar pela mata e tomar banho de rio. Além disso, você mergulha na cultura do povo Baré, aprendendo sobre o artesanato (e até podendo confeccionar sua peça), a produção de farinha, o grafismo indígena e os saberes ligados às plantas medicinais.

Para uma experiência autêntica na Amazônia: turismo responsável!

Como a gente costuma falar com quem viaja com a gente: vá de coração e mente abertos. Manaus, assim como a Amazônia, é plural em suas vivências e seus significados .Busque experiências que valorizem a vida manauara como ela é — rica, diversa e cheia de histórias. E lembre-se: a floresta também é feita de gente. 💚

E aí? Bora conhecer Manaus de um jeito autêntico e transformador? E quando estiver por lá, aproveite para conhecer uma aldeia indígena enquanto gera transformações positivas na vida de quem nasceu e cresceu na floresta.

Foto: Isabela Castilho / COP30 Brasil

Vivências indígenas na Amazônia: muito além da COP 30

Belém se prepara para receber o principal evento internacional sobre mudanças climáticas: a COP 30. O evento vai reunir diversos atores e colocar a Amazônia e o Brasil no centro do debate global. No coração da floresta, surgem iniciativas sustentáveis, tecnologias milenares e saberes ancestrais que oferecem soluções reais para a crise climática, vindas de quem mais entende de Amazônia: os povos tradicionais. Neste artigo, convidamos você a descobrir como as vivências indígenas na Amazônia se conectam com a COP 30 e o futuro do planeta.

Foto: Rafa Neddermeyer/Cop30 Amazônia
Foto: Rafa Neddermeyer/Cop30 Amazônia

Amazônia e mudanças climáticas: por que a COP30 acontece na floresta?

A Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (ou Conferência das Partes – COP), completa 30 anos em 2025. Nesta edição tão especial, o Brasil foi o país escolhido para sediar esse encontro que ajuda a discutir soluções para a crise climática e o aquecimento global.

Belém, no Pará, foi a capital escolhida para ser o ponto de encontro de líderes políticos, cientistas, organizações e outros membros da sociedade civil de mais de 190 países. Além de ser a primeira vez que a COP é realizada no país, a escolha da Amazônia tem um forte simbolismo: é a maior floresta tropical do planeta, essencial para o equilíbrio climático global e rica em exemplos de sustentabilidade na prática.

Entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, o mundo vai conhecer soluções sustentáveis do Brasil. Entre elas, o uso de energias renováveis, agroecologia e a contribuição ancestral dos povos da floresta para a preservação ambiental.

Confira o site da COP 30 Brasil e veja como participar.

Vozes que vêm da floresta: a COP 30 é indígena!

Foto: Raul Vasconcelos
Foto: Raul Vasconcelos

Falar sobre sustentabilidade na Amazônia é falar sobre as comunidades tradicionais. Seringueiros, indígenas, quilombolas, castanheiros e diversos outros povos ensinam como é possível gerar renda mantendo a floresta em pé. São saberes milenares e modos de vida ancorados na convivência harmônica e respeitosa com a natureza que tornam a Amazônia um lar de soluções concretas para um mundo mais justo e equilibrado.

Para garantir a participação ativa dos povos originários na COP 30, estão sendo realizados encontros preparatórios por todo o país, conhecidos como COParente — uma iniciativa do Ministério dos Povos Indígenas e da Funai. Esses encontros têm promovido espaços de escuta, diálogo e articulação política para que os indígenas estejam representados e preparados para o evento.

Pela primeira vez em todas as edições da COP, o Brasil contará com um “Círculo dos Povos Indígenas” e com uma “Comissão Indígena Internacional”. Essas iniciativas visam garantir a participação direta dos indígenas e valorizar seus conhecimentos no debate climático.

Saberes que regeneram: o papel ancestral na pauta climática

A sustentabilidade caminha de mãos dadas com a ancestralidade. A participação ativa dos povos indígenas na COP 30 é uma grande conquista, mas o reconhecimento de suas contribuições para o equilíbrio climático global ainda enfrenta desafios. Terras indígenas na Amazônia, por exemplo, são responsáveis por levar chuva a diversas regiões do país e abastecer 80% do agro brasileiro. Em todo o Brasil, essas áreas também têm sido fundamentais para a proteção das florestas: nos últimos 35 anos, os povos originários preservaram mais de 20% da vegetação nativa nacional.

Apesar de todo esse esforço e de fazerem parte dos grupos que menos contribuem para a crise climática, os povos originários são um dos mais afetados pelos desastres ambientais – junto com outras comunidades tradicionais, a população negra, periférica, mulheres, crianças, camponeses e pequenos agricultores. Confira também este artigo sobre como as mudanças climáticas afetam comunidades e destinos.

COP 30 é só o começo: fortaleça quem protege a floresta

Atualizar suas referências sobre os povos originários e conhecer de perto seus modos de vida são formas de valorizar suas culturas e saberes. Além disso, você pode embarcar em uma das vivências da Braziliando e conhecer a realidade indígena amazônica através do povo Baré.

Turismo de base comunitária: uma experiência com propósito

Vivência presencial Amazônia Baré - Atividade de grafismo indígena com moradoras


A vivência presencial Amazônia Baré é ideal para quem busca momentos de conexão com a floresta e uma troca cultural profunda com os povos indígenas. Protagonizada pelo povo Baré, a vivência inclui hospedagem em uma pousada familiar dentro da aldeia e uma programação rica em atividades na natureza e de valorização da cultura local. Entre elas, estão a caminhada interpretativa na mata, passeio de canoa pelo rio, oficina de artesanato, conversa com uma farinheira da comunidade, oficina de grafismo indígena e uma troca de saberes sobre o uso das plantas medicinais. A experiência pode ser vivida em qualquer época do ano, tanto de forma individual quanto em grupo.

Conexão Baré: leve a Amazônia para sua instituição

Vivência online Conexão Baré promovida pelo povo indígena Baré da Amazônia com a Braziliando

A Conexão Baré é uma vivência online, imersiva e interativa que leva o conhecimento e a cultura do povo Baré para dentro de empresas e instituições de ensino. Com baixa pegada de carbono e alto potencial de impacto, essa experiência pode abordar temas como mudanças climáticas, conservação da biodiversidade, bioeconomia e energias renováveis, sempre a partir da perspectiva dos povos indígenas. Além disso, é totalmente adaptável às necessidades e ao contexto de cada instituição, permitindo a participação de pessoas com deficiência motora ou mobilidade reduzida.

Que a COP30 seja uma aliada no fortalecimento dos povos indígenas e na defesa de seus direitos. E se você estiver no Pará durante o evento, aproveite para conhecer o estado vizinho, Amazonas, onde nossas vivências acontecem.

Apoiar os povos originários também é gerar renda justa, valorizar suas culturas e reconhecer, com escuta ativa, os saberes de quem cuida da floresta há milênios.

Acredita que outro futuro é possível? Conheça as nossas vivências indígenas na Amazônia e descubra como você também pode fazer parte dessa transformação.

Florestania: o que é e como levar os ensinamentos da floresta para a vida

A floresta ensina, transforma e ressignifica. Quem passa pela Amazônia entende que a floresta não é apenas um cenário – ela é viva, pulsante e cheia de saberes ancestrais. Um dos (muitos) ensinamentos que nasce dessa relação profunda com a natureza é a florestania, que defende os direitos da natureza e de quem vive em harmonia com ela. Mas, afinal, o que significa florestania e como esse conceito pode transformar nossa visão de mundo e nos inspirar a buscar uma outra forma de viver? Vem descobrir com a gente!

Foto: Rodolfo Pongelupe/FAS

Florestania: valorizando os direitos da floresta e de suas comunidades

O termo Florestania nasceu no Acre, na metade dos anos 1990, como uma forma de “adaptar” o conceito de cidadania para uma população recém-urbanizada, que ainda mantinha uma conexão (afetiva e cultural) muito forte com a vida na floresta.

Contudo, não se trata apenas de uma “cidadania na floresta”, já que muitos princípios da vida urbana não se aplicam a esse território sagrado. A florestania defende e prioriza os direitos da natureza e das populações que a protegem. São ideias e propostas que retiram o ser humano do centro e dão espaço para outras formas de vida.

Pode até parecer algo novo, mas a florestania fala de uma relação tão antiga quanto os primeiros povos originários. É sobre entender que a floresta é viva e, como diz Ailton Krenak, tudo nela tem pessoalidade. O rio, as árvores, o vento e a terra são entidades e tem muito a nos ensinar. Reconhecer isso é respeitar não apenas a mata, mas todas as formas de vida que ela abriga.

Porém, como bem lembra o jornalista e escritor Toinho Alves, ela não é um conceito universal, mas um universo de possibilidades. É um incentivo para que os povos do cerrado criem uma cerradania, que as comunidades quilombolas desenhem uma quilombania e assim por diante.

Princípios – da Florestania e da Braziliando

Foto: Raul Vasconcelos

Valorização da floresta em pé

Ao contrário do que algumas pessoas pensam, a floresta é viva. Debaixo das copas de suas imensas árvores, há uma rica biodiversidade, mas também tecnologia ancestral, produção sustentável, arte e bioeconomia. Por isso é tão importante conhecer a floresta! Não é necessário degradar a Amazônia e, muito menos, atacar as populações que ali vivem em nome do “desenvolvimento”. A floresta em pé traz benefícios (e não apenas econômicos) pra quem a protege, pra quem a visita e para todo o planeta.

Reconhecimento cultural

Quantas Amazônias tem dentro da Amazônia? Além de percorrer diferentes estados e países, a floresta abriga uma diversidade de culturas e modos de vida – indígenas, ribeirinhos, extrativistas, quilombolas. A proteção da biodiversidade amazônica está intimamente ligada com sua sociodiversidade, por isso, é importante valorizar as culturas tradicionais e proteger seus legados.

Sustentabilidade

Floresta em pé não é sinônimo de isolamento. Na Amazônia, iniciativas como a bioeconomia e o turismo de base comunitária mostram que é possível utilizar os recursos naturais sem devastação. Acreditamos que promover imersões autênticas, como a Amazônia Baré e a Conexão Baré, contribui para a quebra desses estereótipos. As vivências também são meios de promover a valorização da cultura, o protagonismo dos povos da floresta e a geração de oportunidades e renda.

Diretrizes do turismo sustentável
Foto por Luísa Ferreira.

Um novo olhar para a floresta (e para a vida!)

Na Amazônia, mais do que um banho, a floresta nos convida a um mergulho. Cada planta, som, vida que habita a Amazônia é inspiração e expiração, escuta e voz, ensinamento e aprendizado.

Podemos(e devemos!) levar as ideias da florestania para a vida fora da floresta. Em tempos de mudanças climáticas e tragédias ambientais, o que será que os rios das nossas cidades, as chuvas e as queimadas têm a nos dizer? Do que adianta nossa cidadania se estamos concretando os nossos córregos, destruindo nossos biomas, perseguindo comunidades tradicionais e sufocando a biodiversidade?

A florestania nos lembra que somos parte da natureza e não seus donos.

Florestania na prática: venha viver essa experiência com a Braziliando!

Buscar uma vida mais simples, entender que somos parte da natureza e vice-versa, respeitar a ancestralidade de seus guardiões são alguns dos dizeres da florestania.

E se, em vez de apenas ler sobre a florestania, você a vivenciasse na Amazônia? Embarque com a Braziliando e mergulhe na riqueza cultural e natural da floresta. Conheça a aldeia onde vivem nossos parceiros indígenas Baré e viva atividades que fazem parte do seu cotidiano, como canoagem, caminhada na mata e banho de rio. Em qualquer época do ano na vivência Amazônia Baré ou no feriadão em abril (Sexta-feira Santa e Dia de Tiradentes) para curtir a Semana Baré e celebrar o Dia dos Povos Indígenas.

Retrospectiva Braziliando 2024

Mais um ano se encerrando e mantendo nossa tradição de relembrar (e celebrar) nossas conquistas, estamos chegando com mais uma retrospectiva da Braziliando. Vem com a gente refrescar a memória e aquecer o coração.

Impacto

Em 2024, Ana, sócia fundadora da Braziliando, foi aprovada para o programa Shell Iniciativa Jovem. Além de participar dos treinamentos e tutoria da aceleração, abraçamos a oportunidade de uma mentoria individual por 6 meses, que iniciamos no final de outubro. A versão brasileira do Shell LiveWire existe há 24 anos e já certificou 595 empresas, do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Nesta edição, a Braziliando é um dos negócios que receberá o Selo de Empreendimento Sustentável e, em breve, vai integrar essa rede que conta com 390 negócios.

Em 2024, marcamos presença em mais uma edição da feira WTM Latin America, realizada em São Paulo. Dessa vez fomos convidadas para celebrar o lançamento do livro “Turismo Responsável: resultados que inspiram!”, do Instituto Vivejar e CETES-ECA/USP com apoio do Banco Interamericano de Desarrollo e do Ministério do Turismo. A obra reúne 10 casos inspiradores do turismo brasileiro e a Braziliando é um deles. 😍

Para baixar o livro na íntegra (e assinar o manifesto do turismo responsável), clique aqui.

Pouco depois, ingressamos no Coletivo MUDA!, uma associação de empreendimentos que acreditam e atuam por um turismo brasileiro responsável. Fazer parte dessa rede era um sonho antigo, que colocamos em prática neste ano. O turismo que acreditamos se faz coletivamente! 🤝

Marcando presença

Outra feliz surpresa que tivemos foi o convite para expor no Salão Nacional do Turismo. Quem estava no Rio de Janeiro e conseguiu ir até o Riocentro, pôde nos encontrar no Espaço de Turismo Responsável e até conhecer pessoalmente um de nossos parceiros indígenas Baré, o artesão Walmir Garrido (foto). Ele participou da roda de conversa com a sócia da Braziliando Tereza Taranto sobre o tema “Nova Esperança: turismo comunitário gerando oportunidades para os Baré”. Quem quiser ver esse bate papo na íntegra, só acessar nosso Instagram.

Juntamente com a roda de conversa, promovemos outra atividade que teve a participação em vídeo da indígena anfitriã da vivência Amazônia Baré, Gessiane Garrido, e também da jornalista e escritora, Luísa Ferreira, do blog Janelas Abertas para responderem a pergunta: “Viajar transforma? Relatos da Braziliando e de parceiras”.

E, se você pensa que a Braziliando ficou apenas em terras tupiniquins, bora relembrar: “levamos” os Baré para Nova York no Amazon Day Festival! No Dia da Amazônia, realizamos uma edição inédita da vivência online Conexão Baré para apresentar a riqueza da cultura originária e a diversidade da floresta. O evento, que foi direcionado para investidores, empresários e autoridades, contou com uma programação muito especial para celebrar a cultura, biodiversidade e expressão artística da AMAzônia brasileira.

Braziliando: um negócio feminino!

Em março, lançamos um movimento para (re)afirmar os direitos das mulheres, inspirar nossas seguidoras e transformar todas as pessoas, independente de gênero. Dessa forma, o #MulheresPodem nasceu da inquietação de várias mulheres, de diferentes lugares do mundo e vivendo seus diferentes mundos. Mães, empreendedoras, atletas, artistas. Mulheres indígenas, quilombolas, com deficiência. “Nenhuma a menos!”

Assista o nosso manifesto!

As mulheres também foram pra Amazônia! Além de representarem mais da metade de todas as pessoas que viajaram com a gente esse ano, em 2024 lançamos a “Vivência Amazônia para mulheres”, em parceria com duas mulheres que também lideram negócios do turismo: Nath e Camila. A primeira edição para mulheres dessa imersão em uma aldeia indígena no coração da floresta e um passeio pela história e sabores de Manaus aconteceu em agosto e teremos uma nova saída em janeiro de 2025, de 16 a 22. As vagas são limitadas, então, se você quer garantir sua participação nessa vivência especial, chama a gente!

E a corrente feminina no turismo cresce, com mais um elo: estabelecemos parceria com a Karol, no Pará. Agora a Braziliando também é a ponte que conecta você a Belém e à ilha de Marajó, para vivenciar mais um pedacinho da imensa Amazônia.

Guardando 2024 na memória e esboçando 2025

O próximo ano ainda nem começou, mas, por aqui, novos projetos estão saindo do papel. Além da experiência exclusiva para mulheres, também acontecerá em janeiro a vivência “Aquarelando na Amazônia” – uma experiência de viagem que vai unir a imersão na floresta e na cultura indígena do povo Baré com oficinas de pintura, com as técnicas básicas da aquarela.

Em resumo, o objetivo da vivência é transformar o olhar das pessoas, incentivando-as a apreciar o momento, respirar e se conectar verdadeiramente com o lugar que visitamos. Se você quer tirar uma pausa da correria e se arriscar no mundo da pintura (ou conhecer novas técnicas), faça sua inscrição. As vagas são limitadas!

Ainda tem muita coisa no nosso “caderno de rascunho” e se inscrevendo na nossa newsletter, você receberá as novidades em primeira mão.

Por fim, que 2025 seja um ano de muita transformação e conexão, que possamos desenhar novas relações e construir o mundo que tanto queremos. Vem com a gente!

Retrospectiva Braziliando 2023

Mais um ciclo que se encerra e viemos celebrar as conquistas, os aprendizados e as pessoas que fizeram parte desse ano especial. Em 2023, recebemos um prêmio inédito, participamos de programas inspiradores, espalhamos nossas sementes em um novo destino e promovemos encontros marcantes. Vem conferir tudo o que rolou na Retrospectiva Braziliando!

O ano começou com uma grande surpresa: fomos premiadas com o United Earth Amazonia Award, o Nobel Verde. Além da emoção e felicidade em recebermos essa conquista, a noite da premiação também foi uma oportunidade de reafirmarmos nosso compromisso com a sustentabilidade e de celebrarmos com pessoas da comunidade e outros parceiros que ajudaram a construir a nossa história.

Fizemos conexões com pessoas, negócios e empresas que nos ajudaram a fortalecer nossa essência e contribuíram com nossa trajetória. A Braziliando foi um dos negócios mentorados no Programa Inovação Social para a Amazônia, realizado pelo Portal do Impacto e a Phomenta. Nossa sócia-fundadora, Ana Taranto, se inscreveu para o programa e passou por uma capacitação online. Das quase 300 pessoas que se inscreveram, apenas 10 com melhor engajamento e participação foram selecionadas para receber mentorias individuais. Foi uma experiência enriquecedora, que nos permitiu ter novos olhares e ampliar nossa rede de contatos.

Também fomos aprovadas para a primeira fase do programa de aceleração 100+ Labs Brasil, uma iniciativa da Ambev em parceria com a Parceiros pela Amazônia e USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) e executada pelo Quintessa, que une inovação e sustentabilidade. E agora, no final do ano, também fomos aprovadas na Aceleração EmbraturLAB #2! O programa de inovação é realizado pelo Turistech Hub, o hub líder em inovação no turismo brasileiro, e pela EmbraturLAB, o braço de inovação da Embratur.

Nossa sócia, Tereza Taranto, também se conectou com importantes instituições que atuam na região amazônica. Em uma visita de campo muito especial, Tê se reuniu com nossos parceiros indígenas para traçar o planejamento da vivência Amazônia Baré e conheceu novas comunidades e histórias.

Tivemos alguns encontros especiais neste ano! 🙌 Em abril, nos reunimos na “cidade maravilhosa” pra percorrer a trilha indígena do Jardim Botânico. Por lá vimos várias espécies de plantas presentes no cotidiano dos povos originários, como Samaúma, Manacá e Vitória-Régia, e ainda curtimos um momento de confraternização. Em 2023, também teve o Braziliando Cozinha! Juntamos virtualmente o nosso time pra fazer uma moqueca de banana e um delicioso pavê de frutas. Qual será nossa próxima aventura gastronômica?

E as campanhas de 2023?! Quem nos acompanha no Instagram viu nossa missão de retirar o plástico de uso único da nossa rotina na Semana Sem Plástico, pra mostrar que #NossoPlanetaNãoÉDescartável. Também falamos sobre diversidade e inclusão na Semana do Orgulho, com direito a roda de conversa virtual e muita reflexão!

Outra ação importante foi a Conexão Baré Seca Amazônica, que alertou sobre a forte estiagem no Amazonas e arrecadou doações para nossos parceiros indígenas Baré. Por causa da seca, a vivência Amazônia Baré precisou ser suspensa.

Neste ano, também conseguimos realizar um desejo antigo de atuar em outras regiões e com novas comunidades. Atravessando o Brasil, rumo a Mata Atlântica, realizamos o nosso encontro de equipe no feriado da Consciência Negra em um quilombo. Apesar de conhecermos a região há bastante tempo, foi em 2022 que a Ana conheceu a comunidade e desde então começamos a desenhar essa parceria.

Junto com uma historiadora antirracista, Odara Philomena, vivemos uma imersão em um quilombo com mais de 200 anos de história e resistência. Além da comunidade ter conduzido atividades culturais e na natureza para a gente imergir no seu modo de vida, Odara trouxe questionamentos que contribuíram para a valorização da cultura negra e a quebra de preconceitos.

A Vivência no Quilombo é uma experiência transformadora e já tem data para acontecer em 2024 – de 30/05 a 02/06. Nessa imersão, você escuta as histórias da comunidade, prova as delícias da região, mergulha no rio e caminha em meio a Mata Atlântica, participa de oficinas e até de uma roda de jongo! Preencha a ficha de interesse para receber mais informações!

E você também pode embarcar – em qualquer época do ano e sem a necessidade de fechar um grupo – na vivência Amazônia Baré. Nessa jornada pela floresta e a cultura indígena, você se hospeda em uma pousada familiar, vivencia atividades do dia a dia local (como navegar de canoa ou caminhar pela mata), ouve as histórias e entra em contato com a sabedoria ancestral dos Baré.

Nossa gratidão a todas as pessoas que fizeram parte desses momentos e que fazem parte da nossa história. Neste ano, a Braziliando completou 7 anos de existência e nossa trajetória não seria a mesma sem as parcerias que construímos nesse caminho.

Nosso desejo para o próximo ano? Continuar promovendo a mudança que queremos ver no mundo! Bora com a gente nessa missão?

Seca na Amazônia: consequências da estiagem e como apoiar os povos da floresta

A Amazônia vive um período histórico: uma seca severa vem diminuindo drasticamente o volume dos rios e afetando diversas vidas. Desta forma, comunidades ribeirinhas estão isoladas e até sem abastecimento, animais e as plantas da floresta vem sofrendo com a falta de água e moradores perderam suas fontes de renda.

Inclusive, na aldeia indígena parceira, o turismo foi uma das atividades suspensas por tempo indeterminado. Contudo, para continuar apoiando a comunidade, vamos realizar uma edição inédita da Conexão Baré – vivência online da Braziliando com o povo Baré da Amazônia.

Seca: uma realidade conhecida na Amazônia

A seca na Amazônia não é nenhuma novidade para a população. Todos os anos, entre julho e novembro, acontece o verão amazônico, um período onde há uma diminuição das chuvas e um aumento das temperaturas. Portanto, além de demandar que os moradores locais se adaptem às mudanças no cenário da floresta, a seca também exige um estado maior de atenção para alguns problemas, como as queimadas.

Para quem viaja pra Amazônia, o verão amazônico não costuma ser um impeditivo para experienciar a floresta. Inclusive, é no período de seca que as praias de água doce aparecem e viajantes podem aproveitar os dias ensolarados e com pouca chuva para se refrescarem nos rios. Para moradores, a seca também contribui para a fartura na mesa, com o aumento da oferta de peixes, por exemplo.

Seca histórica na Amazônia

Contudo, neste ano, esse cenário se intensificou drasticamente. A estiagem foi muito mais severa e, nas últimas semanas, os níveis dos rios vêm diminuindo cada vez mais e as temperaturas estão batendo recordes. O aquecimento global pode ser uma das principais causas somado com o fenômeno El Niño, o que você pode entender melhor neste artigo da WWF.

As consequências foram rios atingindo novos patamares de seca – o Rio Amazonas chegou a 90cm em alguns pontos – e alterando a rotina de diversas comunidades, deixando milhares de famílias vulneráveis. A fauna amazônica também vem sofrendo com a situação e mais de 150 botos já morreram em um período muito curto.

De uma forma geral, os amazônidas têm outro tipo de relação com o rio. Nos centros urbanos do sul e sudeste, por exemplo, é comum não vê-los pela cidade. Canalizados ou poluídos, os rios não fazem parte do cotidiano dos moradores. Mas na Amazônia isso é diferente, como bem lembra o poeta Thiago de Mello.

“A lei do rio não cessa nunca de impor-se sobre a vida dos homens. É o império da água. Água que corre, água que leva e lava, água que se despenca em cachoeira, água que roda no rebojo, água que vai e volta em repiquete, água parada no silêncio do igapó. Água funda, água rasa onde os barcos encalham. Água negra do Andirá e do Negro. Água barrenta do Solimões, do Madeira, do Purus. As águas claras e verdes do Tapajós, do Xingu. É o Amazonas e o seu ciclo das águas. [..] O regime das águas é um elemento constante no cál­culo da vida do homem.” Amazônia – Pátria das águas, de Thiago de Mello.

A vida na aldeia durante a seca

Na aldeia dos nossos parceiros Baré, a estiagem alterou a rotina dos comunitários. Na escola indígena, as aulas presenciais foram suspensas e substituídas por aulas online, por causa da dificuldade na travessia de professores da capital manauara e da oferta da merenda para estudantes.

A venda do artesanato também foi afetada pela vazante. Está faltando matéria-prima para produção de algumas biojoias e está bem mais difícil ir até Manaus vender as peças, o que também tem impactado a renda dos artesãos.

A travessia de barco ficou mais longa e cansativa. Percursos foram alterados e os recreios precisam procurar os canais com maiores volumes de água, gastando mais combustível. Por isso, a passagem ficou mais cara.

O turismo na aldeia também sofreu os impactos da seca. Seguindo a recomendação da comunidade, a Braziliando suspendeu as vivências presenciais. O povo Baré, assim como outros ribeirinhos, está evitando a ida pra cidade e tem buscado formas de lidar com os desafios desse período.

Conexão Baré – Seca Amazônica

Para continuar apoiando nossos parceiros, no dia 11/11 vamos realizar uma edição inédita da vivência online Conexão Baré. Pra quem ainda não conhece essa experiência pioneira e vencedora de prêmios do turismo responsável, através de uma videochamadas nos conectamos com indígenas da etnia Baré para viver uma imersão em sua cultura e vivenciar atividades que fazem parte do seu cotidiano, como o artesanato, a culinária, o projeto de conservação das tartarugas amazônicas e o grafismo.

A Conexão Baré Seca Amazônica além de permitir esse mergulho no modo de vida originário, também será uma forma de ouvirmos – dos povos locais – os desafios trazidos pela seca. Com a vivência, seguimos com nossa missão de apoiar a comunidade, gerando renda e valorizando a cultura tradicional. Portanto, a Conexão Baré pode ser um caminho para um novo olhar para os povos indígenas e pode ser uma corrente(za) de transformações positivas. Aqui você descobre o impacto da vivência online.

Vem com a gente! As inscrições vão até o dia 07/11 e você ainda pode contribuir doando qualquer valor!

O que as indígenas Baré nos ensinam sobre a Amazônia

No dia 05 de setembro comemoramos duas datas muito importantes: o Dia da Amazônia e o Dia Internacional das Mulheres Indígenas. Muito se fala da reciprocidade, do respeito e afeto entre as protetoras e a floresta, mas as mulheres indígenas também são exemplos de criatividade, ancestralidade, ciência, poesia e solidariedade. Pra homenagear as mulheres indígenas do mundo, decidimos falar sobre nossas parceiras do povo Baré, que contam um pouco sobre a Amazônia através de suas vivências.

Amazônia: substantivo feminino

A maior floresta tropical do mundo abriga uma diversidade tão significativa quanto sua dimensão. Ocupando 60% do território brasileiro, a floresta é tão cheia de vida que uma nova espécie é encontrada quase todo dia. Cerca de 10% das espécies de plantas e animais conhecidos no mundo estão na Amazônia, fora a grande quantidade de espécies que ainda nem foram catalogadas.

As mulheres são maioria em toda a Amazônia Legal. Responsáveis pelo trabalho de cuidado – da família, do território, da biodiversidade e dos saberes tradicionais – elas apoiam na conservação da floresta, através da preservação das sementes e da grande variedade de espécies alimentícias e medicinais cultivadas.

Na aldeia onde vive o povo Baré, as mulheres são protagonistas de vários projetos que acontecem na comunidade. Na coordenação do turismo e das vivências da Braziliando, nos projetos de conservação da biodiversidade, liderando atividades e protegendo saberes ancestrais. Vem com a gente conhecer algumas delas!

Mulheres Indígenas Baré

Dona Ugulina

A anciã da comunidade é uma mulher forte, sábia e sorridente. Parteira da aldeia, carrega os ensinamentos da mãe e de tantas outras mulheres indígenas que a antecederam para realizar esse lindo ofício. Mãe de 10 filhos, avó e bisavó, ela viveu a experiência de três partos sozinha na aldeia. Mulher de coragem, que aos 70 anos esbanja disposição para ensinar e aprender, participando de duas das vivências online da Braziliando: a Conexão Baré e a Conexão Baré (Re)Nascimento.

Aos 19 anos, a Kunhã suri (mulher alegre em Nheengatu), viu a mãe realizar o parto do neto e já sentiu que conseguiria seguir seus passos. Depois fez 5 cursos fora da aldeia para aperfeiçoar a arte do partejar e ajudar as mulheres da região. Difícil mesmo é contar o número de partos que ela já fez em todos esses anos! Dona Ugulina confessa que já perdeu a conta.

Na última vivência online, a anciã recebeu uma pergunta sobre como orientar uma parturiente que tem medo do momento da chegada do bebê. Ela disse “a gente tem que ser mulher”, uma resposta simples para quem entende há muito tempo que resiliência e força, além de substantivos femininos, são qualidades das mulheres.

Rosy

Filha da Dona Ugulina e mãe de 6 filhos, Rosimeire é uma das coordenadoras do turismo na comunidade. Rosy é sinônimo de determinação e dedicação. Abraçando diversos projetos e com muita vontade de aprender, ela também é agente ambiental e coordena de forma voluntária o projeto de monitoramento de quelônios na comunidade.

Voltado para a conservação das tartarugas amazônicas, esse trabalho exige um cuidado especial durante alguns meses do ano, como coletar os ovos, observar os filhotes e depois soltá-los novamente na natureza. A Rosy representa a calma da floresta, ela sabe da importância de esperar (e respeitar) o tempo da natureza, de observar cada detalhe com atenção, pois a Amazônia é surpreendente!

Rosy também contribui para a união da ciência com os saberes tradicionais, ambos como conhecimentos fundamentais para a sustentabilidade e para a vida na floresta. Você descobre mais sobre o seu trabalho, o projeto de conservação e as tartarugas amazônicas na vivência online Conexão Baré Quelônios.

Gessiane (Paty)

Paty é hospitalidade. A anfitriã da vivência Amazônia Baré recebe em sua casa/pousada familiar viajantes de vários lugares do mundo e de culturas diferentes. Ela é, talvez, a dose mais presente da cultura Baré na vida de quem embarca nessa experiência amazônica.

Como a floresta, ela abriga e acolhe. Faz de seu lar, o lar de outras pessoas, mesmo que apenas por alguns dias. Como o rio, sua morada é leito para pessoas que buscam mergulhar em um novo mundo. A mãe da Helloyze acaba arrumando várias “crias temporárias” quando recebe viajantes e compartilha um pouco de todo esse afeto com essas pessoas.

Também faz parte da coordenação do turismo na comunidade, administra a pousada familiar e está prestes a iniciar um novo ciclo: a universidade.

Juliana

A Ju, que já foi anfitriã da Amazônia Baré, hoje é uma das responsáveis pela alimentação de quem embarca na vivência. Traduzindo a biodiversidade amazônica na mesa, Ju alimenta corpo e alma de viajantes. Os ingredientes amazônicos são ricos em nutrientes e em histórias, carregam tradições e modos particulares de preparo que vão além do prato.

Na vivência, ela também realiza a oficina de artesanato, ensinando a arte de confecção das biojóias. As peças, que por si só já trazem as cores e formas da floresta, juntas contam novas histórias e levam a Amazônia para outras cidades e até países.

Ju transforma o que a floresta tem de melhor pra oferecer em pratos e peças maravilhosos. É a materialização de toda a beleza que a floresta guarda em saberes, sabores e arte.

Para todas as mulheres indígenas, dentro e fora da floresta

Por aqui o sentimento é de gratidão a todas as nossas parceiras indígenas do povo Baré, que vêm trilhando o caminho do turismo sustentável com a gente. Mas celebrar o Dia Internacional da Mulher Indígena nos convida a sair da comunidade e até a sair da Amazônia, porque elas estão espalhadas por todo Brasil e pelo mundo.

Ocupando diversos espaços, essas mulheres são referência para tantas outras jovens indígenas e são inspiração para toda sociedade. Na política, como Sonia Guajajara e Célia Xakriabá; na moda, como Dayana Molina e We’e’ena Tikuna; na literatura, como Eliane Potiguara e Márcia Kambeba; nas artes, como Arissana Pataxó e Katú Mirim. Juntas elas promovem mudanças e trazem seus saberes ancestrais pro presente, cientes de que estão ajudando a construir um futuro melhor.

Participe de uma das vivências da Braziliando e conheça a Amazônia com as pessoas que ajudam a cuidar da floresta.

Orgulho

Semana do Orgulho – Ser livre pra amar, viajar e existir

No dia 28 de junho é celebrado o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+. Aqui na Braziliando, a diversidade e a inclusão são alguns dos nossos pilares e acreditamos que promover encontros autênticos entre pessoas de realidades e vivências diferentes pode ser uma forma de valorizarmos as diferenças e quebrarmos estereótipos. Vem com a gente na Semana do Orgulho Braziliando!

Orgulho e Diversidade

Você não precisa saber o significado de cada letra da sigla LGBTQIAPN+ pra entender que elas falam sobre diversidade, mas conhecê-las pode trazer mais conhecimento e compreensão.

Elas representam variadas formas de expressar seus afetos, sua identidade e seu corpo.

Clique na imagem e confira seus significados no nosso post!

Essas letras, juntas, representam uma resposta ao silêncio e à violência. Colocadas, lado a lado, elas se somam ainda que o sinal de adição fique no final.

Celebrar a diversidade e inclusão significa lutar para que cada uma dessas existências seja amada e respeitada! Por isso, a Braziliando segue em mais uma campanha de conscientização e valorização de vivências que são constantemente minorizadas.

Lésbicas e gays, pessoas trans e queer, e todo o leque de identidades e sexualidades que o “mais” reforça, merecem uma vida livre de preconceitos, violências e discriminações. A comunidade LGBTQIAPN+ luta por seus direitos de amar, existir, ocupar espaços e viajar.

Viagens responsáveis e autênticas: uma via de transformação

As viagens são uma ótima forma de nos conectarmos com realidades diferentes e ampliarmos nossos referenciais culturais. Quando nos relacionamos com pessoas de outros contextos, de forma autêntica e respeitosa, podemos mudar nossa visão de mundo e rever preconceitos.

Os povos indígenas e a comunidade LGBTQIAPN+, por exemplo, carregam muitos desses prejulgamentos que são reforçados por imagens estereotipadas dessas pessoas. Quantas pessoas ignoram ou desconhecem a existência de indígenas LGBTQIAPN+? Será que viajantes LGBTQIAPN+ consideram comunidades tradicionais como opções de destino para suas viagens? Você considera a diversidade oposta à ancestralidade? Você sabia que há sinais de diversidade sexual no Brasil pré-colonial?

Ver listas de lugares para pessoas LGBTQIAPN+ evitarem viajar ou mesmo ler relatos de pessoas da comunidade que foram discriminadas durante sua viagem é algo que pode impedir muitas pessoas LGBTQIAPN+ de viajarem. Somado a outras questões, como o racismo e o machismo, viajantes podem acabar desistindo de conhecer um destino ou mesmo escondendo sua identidade ou orientação.

Os relatos de nossos viajantes LGBTQIAPN+ da vivência Amazônia Baré mostram que a floresta pode abraçar toda a diversidade que procura abrigo debaixo de suas árvores e no leito de seus rios. O povo Baré, que representa esse acolhimento amazônico, encheu os corações dos casais homossexuais Eduardo e Rodrigo e Nathalia e Amanda de alegria.

Amazônia Baré: acolhimento da floresta e seus protetores

Rodrigo e Eduardo

Rodrigo e Edu em sua vivência na Amazônia

Eduardo e Rodrigo estão juntos há 10 anos e, apesar de já terem viajado outras vezes, participar da Amazônia Baré foi a primeira imersão em uma comunidade tradicional.

Rodrigo compartilhou que o casal já tinha uma certa segurança em viver essa experiência pelo acolhimento da nossa equipe. “Desde o início a gente se sentiu acolhido. Vocês sabiam que a gente ia estar juntos e em nenhum momento isso foi tratado de forma desrespeitosa. Em nenhum momento estarmos lá dentro foi colocado como um problema”, ele compartilhou.

Lá na comunidade, esse sentimento foi reforçado pelo acolhimento da anfitriã na comunidade indígena, Paty. “Em nenhum momento a gente se sentiu constrangido com o povo Baré. Em todo momento a gente estava junto com as pessoas e as pessoas junto com a gente […]”, ele afirmou.

O médico recifense compartilhou ainda que encontrar pessoas LGBTQIAPN+ nos lugares que visitam passa uma segurança maior. Durante a visita à Reserva Mamirauá, por exemplo, o casal foi conduzido por um guia gay, o que os deixou mais tranquilos. “Encontrar os iguais nos lugares, qualquer que a gente esteja, deixa a gente mais seguro”.

Amanda e Nathália

Amanda e Nath navegando pelo rio de canoa

Pra Amanda e Nathália também foi a primeira vez realizando uma viagem de turismo de base comunitária e em uma comunidade tradicional como casal. A viagem, realizada em 2019, foi uma comemoração de 1 ano de namoro.

Apesar da data especial, as duas decidiram viver a imersão de forma discreta, como amigas. Como Nath relatou, o medo inicial era de viajarem sozinhas. “Além da questão de gênero, tem essa questão da sexualidade também.”, ela relatou.

Mesmo com essa preocupação, a fotógrafa mineira compartilhou que a experiência não teve nenhuma situação desagradável ou de preconceito. “Fomos super bem recebidas e super bem acolhidas”, ela compartilhou.

Orgulho e ancestralidade: roda de conversa com o povo Baré

Na semana passada, realizamos uma roda de conversa para conscientizar comunitárias e comunitários que estão envolvidos com o turismo buscando garantir uma recepção inclusiva e respeitosa a todas as pessoas que embarcam nas vivências através da Braziliando.

A conversa foi organizada e conduzida pelo Lucas Oliveira, da equipe Braziliando, que é um homem gay e já conhece boa parte das pessoas da comunidade. Uma de nossas preocupações era trazer esse conteúdo de uma forma leve e próxima da realidade do povo Baré, por isso, usamos alguns paralelos, como a noção de comunidade Baré e comunidade LGBTQIAPN+, o Nheengatu (idioma usado pelos Baré), a vestimenta tradicional dos indígenas, entre outros.

Ali, compartilhando o computador ou pelo celular em cada uma de suas casas, as pessoas envolvidas com as atividades da vivência Amazônia Baré puderam conhecer alguns cuidados essenciais na hora de receber viajantes LGBTQIAPN+.

A conversa trouxe algumas palavras e expressões que devem ser eliminadas e contou um pouco sobre essas diversas vivências e as necessidades particulares de cada uma delas.

Pra sentir o calor amazônico

Neste mês, em homenagem ao Dia do Orgulho e ao Dia dos Namorados, criamos uma promoção especial para casais de todas as orientações, gêneros e cores. Reservando a Amazônia Baré para você e para a pessoa amada, vocês garantem 10% de desconto no valor da vivência por viajante.

Já pensou em vocês curtindo um pôr do sol navegando de canoa pelo rio, provando os sabores amazônicos, aprendendo sobre o modo de vida indígena, apreciando a beleza da floresta? Entre em contato com a gente através do e-mail: discover@braziliando.com ou preencha o formulário de interesse na página da Amazônia Baré.

Ideias de Presentes Criativos para o Dia das Mães

O Dia das Mães está chegando e, se você está buscando inspiração de presentes criativos para a sua, fique de olho nas ideias que vamos trazer por aqui! Que tal usar essa data tão importante para escolher presentes significativos e sustentáveis?

O Dia das Mães é uma data muito importante. Para muitas famílias, o segundo domingo de maio é um dia de confraternização, encontros e presentes. Estes últimos fazem parte do ritual de celebração dessa data e no ano passado, por exemplo, a semana que antecedeu o Dia das Mães movimentou mais de 5 bilhões de reais nos shoppings de todo o país.

Já que os presente fazem parte desse dia, que tal usá-los para gerar impacto e transformações positivas? Vem conferir algumas dicas de presentes criativos, diferentes e sustentáveis para tornar o Dia das Mães ainda mais especial!

Presente para todas as mães

A vivência online Conexão Baré (Re)Nascimento é uma ideia de presente para uma diversidade de mães!

✅Para as que têm interesse em conhecer novas culturas, mas têm medo de viajar de avião.
✅Mães que têm curiosidade em conhecer povos indígenas da Amazônia, mas não querem imergir na mata.
✅Para mães que possuem mobilidade reduzida ou algum tipo de deficiência que a dificulta ou impossibilita de realizar uma viagem presencial para a floresta.
✅ Mães que moram longe de seus filhos.

Na vivência você confere os cuidados na gestação, no parto e no início do maternar em uma aldeia amazônica. Através da participação da anciã e parteira da comunidade, você escuta os relatos de quem cultiva a experiência de dezenas de partos e a sabedoria de quem cuida, guia e aconselha as gestantes.

Com o pajé, você conhece os rituais e amuletos de proteção, a medicina da floresta e os saberes ancestrais ligados ao nascimento. Ele vai compartilhar um pouco do seu papel na trajetória das mães indígenas e os ritos relacionados aos bebês.

Então, se sua mãe é curiosa, tem interesse em aprender com diferentes culturas, quer conhecer novas pessoas e busca novas visões de mundo, a Conexão Baré (Re)Nascimento é um ótimo presente para ela! Na vivência online ela também vai conhecer mães indígenas e ouvir seus relatos sobre suas experiências de parto na aldeia e na cidade.

Presente para futuras mamães

Entre os dias 08 a 11/06, o Voo do Beija Flor e o Yoga Materna vão promover uma viagem para casais grávidos em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro. A vivência “Tu Vens” pretende preparar os casais para receberem seus bebês, promover diálogos para fortalecer suas relações e iniciar a jornada parental.

Em uma pousada ecológica no meio da Mata Atlântica, um time muito especial vai promover conversas e propor reflexões para desconstruir crenças e conectar os casais:

  • Adriana Rennó, pedagoga e educadora parental; Joaquim Ferreira, constelador familiar;
  • Marina Morena, instrutora de yoga para gestantes, mães e bebês e doula, vão trazer seus aprendizados enquanto profissionais e genitores.

O casal vai participar de rodas de conversa, aula de yoga em dupla, oficinas de comunicação não violenta e de bases da educação respeitosa, preparação para o parto, amamentação e puerpério. A programação também vai contar com a vivência online Conexão Baré (Re)Nascimento, realizada de forma virtual e dias antes da viagem.

Presente para mães “zen”

As velas da Urucuna são elaboradas com óleo essencial de Breu Branco, resina sagrada da floresta que equilibra as emoções e traz organização de pensamentos. A manteiga de Tucumã também é um dos ingredientes da vela e vem de uma fruta típica amazônica, rica em propriedades anti-inflamatórias.

Dessa forma, se sua mãe gosta de boas energias e tem o hábito de acender velas para meditar ou para deixar a casa cheirosa, essas velinhas são uma ótima sugestão de presente. A vela tem o selo “Origens Brasil” pois é um produto que valoriza a floresta em pé e os povos que vivem dela. Uma jóia da Amazônia na sua casa!

A Urucuna é um negócio de bem-estar para casa que tem como objetivo agregar valor aos produtos da sociobiodiversidade e o uso sustentável dos recursos naturais, respeitando o modo de vida e o conhecimento tradicional.

Presente pra mãe que gosta de yoga

A Vivência DeRose na Amazônia é uma uma imersão de 5 dias em uma comunidade ribeirinha na floresta amazônica com atividades de meditação, Mindfulness e técnicas respiratórias e corporais, promovidas pelo DeRose Method.

Sua mãe busca autoconhecimento, imersão em novas realidades e conexão com a natureza? Então ela poderá integrar um grupo de viajantes e se hospedar em uma comunidade ribeirinha.

Juntos vão provar os sabores locais, realizar atividades de aventura e culturais e ouvir as histórias de vida de quem nasceu e cresceu na floresta.

A vivência acontecerá de 01 a 05 de agosto de 2023, portanto, não demore para inscrevê-la!

Presente pra mãe viajante

Na vivência Amazônia Baré sua mãe se hospedará em uma aldeia indígena, rodeada pela floresta e pelo rio. Em conexão com os moradores locais, indígenas da etnia Baré, quem embarca na vivência poderá aprender sobre os costumes, a culinária, o artesanato e o modo de vida local.

Portanto, sua mãe poderá realizar atividades de imersão, como canoagem, trilha na mata e oficina de artesanato, e partilhar momentos de aprendizado, em uma conversa com o pajé ou uma prosa na casa de farinha.

Se fazendo presente!

Nas experiências online e presenciais da Braziliando, você pode embarcar junto com sua mãe e viver um momento de conexão e partilha entre vocês.

Gostou das nossas dicas? Então já manda esse artigo para mais pessoas e vamos promover um Dia das Mães com presentes mais responsáveis e transformadores!

Entrada da comunidade

Dia dos Povos Indígenas: que tal descobrir o preconceito do “Dia do Índio”?

Na Semana Indígena Braziliando vamos falar sobre a importância do Dia dos Povos Indígenas e de como podemos ressignificar essa data, trazendo debates, informações e experiências conectados à realidade indígena e que valorizem a diversidade sociocultural dos povos originários. (Re)Descubra o “Dia do Índio” e vem com a Braziliando apoiar comunidades tradicionais.

“Índio”: uma visão de preconceito

“Pessoa de cabelos lisos, pele morena, que mora na floresta e usa penas e pinturas corporais pelo corpo nu. Falante de uma língua estranha e dona de uma cultura exótica. Caçadores, selvagens e incivilizados”.

Esse é o imaginário de muitas pessoas quando falamos sobre os povos indígenas. A imagem do “índio” ainda hoje está presente nas escolas, na mídia e na cultura não-indígena. Nos livros de Geografia, por exemplo, há generalizações e uma ausência da questão indígena atual.

E qual o problema do “índio”? Esse termo surgiu com a chegada dos colonizadores na América e seu primeiro contato com os povos originários, através de um olhar cheio de preconceito e desinformação. Esse termo não deve ser usado para se referir aos povos indígenas e, desde julho do ano passado, há uma lei que altera o nome do “Dia do Índio”. Pra resumir, podemos citar a fala do escritor, professor e ativista indígena, Daniel Munduruku.

“Eu não sou índio e não existem índios no Brasil. Essa palavra não diz o que eu sou, diz o que as pessoas acham que eu sou. Essa palavra não revela minha identidade, revela a imagem que as pessoas têm e que muitas vezes é negativa”.

Daniel Munduruku

Além do uso desse termo, expressões populares, como “programa de índio” ou “índio é preguiçoso”, também reforçam o preconceito contra os povos originários e ajudam a fortalecer esse imaginário reducionista do que realmente são suas culturas.

Confira aqui outras expressões para não usar.

Povos Indígenas

Um país tão extenso quanto o nosso, tão diverso e com diferentes contextos, reflete sua pluralidade em seu povo. Se é difícil definirmos uma identidade brasileira, por que fazemos isso com os povos indígenas?

São mais de 1,4 milhão de indígenas, presentes nas 5 regiões do país e de mais de 300 etnias. São centenas de povos, com culturas, línguas e contextos diferentes, vivendo em aldeias e nas áreas urbanas, em toda parte do nosso território. No sul do país, por exemplo, vivem os Kaingang – um dos cinco povos indígenas mais populosos no Brasil.

De norte a sul, cada povo tem necessidades específicas e acabam encontrando em seu meio formas de resistir. Seja na arte, nos movimentos sociais, nas universidades, na literatura, na música ou na moda. Juntos lutam pela defesa de seus direitos, buscando uma sociedade mais inclusiva, diversa e tolerante.

Aqui no blog já mostramos algumas personalidades indígenas LGBTQIAP+ que estão usando a arte e as redes sociais para transformar a sociedade e manter a cultura ancestral pulsando.

A cultura brasileira é indígena. Nossa alimentação, nosso vocabulário, nossa música, nossa medicina e muitas outras áreas da nossa vida tiveram os saberes dos povos originários como inspiração e referência.

Que tal conferir o documentário “Diálogo entre dois mundos”? A série documental de 7 episódios mostra o encontro entre o historiador e fotógrafo, Cadu de Castro, com o Nhanderuí (líder espiritual), Egino Chaapeí, sobre os hábitos, as relações simbólicas e a religiosidade do povo Guarani.

Valorizando a cultura indígena através da conexão

Uma forma de mudar sua visão sobre os povos originários e descolonizar seu pensamento é buscar mais conhecimento. Amplie suas referências indígenas na literatura, na moda, na música, nas artes plásticas, etc. Procure experiências onde o saber e a cultura indígena sejam valorizados.

A Conexão Baré, por exemplo, visa contribuir com a valorização cultural apoiando o povo Baré na preservação da memória ancestral e fortalecendo o sentimento de orgulho e pertencimento. Na edição especial (Re)Nascimento, vamos ouvir a anciã da comunidade e o pajé compartilharem suas histórias e saberes sobre a gestação, o parto e o puerpério.

Pessoas de muita habilidade, fé e sinergia com a Mãe-Natureza. Fontes de saberes que perpassam gerações e guias da mente, do corpo e da alma. Em conjunto, compartilham um pouco do que já viram e viveram, nos inspirando e ensinando sobre o “nascer Baré”.

Escute os relatos de mães sobre suas experiências na aldeia e na cidade, conheça alguns ritos de proteção e cuidado com bebês, entenda como as plantas da floresta são usadas na promoção da saúde, faça perguntas e descubra um novo olhar para a vida.

A vivência acontecerá em maio, mês das mães. Saiba mais e inscreva-se aqui.

Que tal descolonizar nossa visão de mundo? Vem com a gente!